"Quem aspira tem o dever de apresentar alternativas sérias, credíveis e viáveis. O resto é ruído".

Imagem publicada no Facebook de Nuno Morna.
Nuno Morna tem sido o deputado único da Iniciativa Liberal na Assembleia Regional, sai de cena nestas eleições de 23 de março em rota de colisão com o partido, certamente com algumas pessoas, com Gonçalo Maia Camelo, como se viu na recente Convenção Nacional do partido com o deputado a retirar a moção na sequência de críticas que lhe foram lançadas pelo cabeça de lista ao Parlamento.
Todos estes contornos levaram a que o deputado tenha vindo hoje a público expressar a sua posição, a de se manter equidistante da campanha, mas com "recados" implícitos a quem tem de provar ser alternativa e com melhores resultados, sendo que a fasquia de Gonçalo Maia é a ir mais além, que significa, no mínimo, eleger dois lugares no Parlamento. Nuno Morna, que já tem história escrita na função, escreve com algumas indiretas nesse ponto de vista: "Não servirei de bode expiatório. A ninguém. Todos temos a obrigação de assumir as consequências das nossas decisões. Quem aspira tem o dever de apresentar alternativas sérias, credíveis e viáveis. O resto é ruído".
Esclarece que "daqui até às eleições vou escrever muito pouco sobre questões de política regional. Não estou disposto a ser acusado de ser responsável por seja lá o que for que aí venha, servindo, assim, de desculpa. A política regional sempre foi um jogo de culpas, uma dança de interesses e, sobretudo, um exercício de fuga à responsabilidade. Sempre que algo corre mal, há um culpado conveniente. Nunca, claro, os próprios que decidem como fazer e por onde ir. Já me chegam as minhas responsabilidades e os meus erros que assumo sempre. Não preciso dos alheios".
Nuno Morna diz que "a política regional precisa de mais do que golpes de bastidores e manobras desesperadas para sobreviver. Precisa de visão, coragem e verdade. Por isso, ficarei em silêncio no que toca à politica madeirense. Não porque não tenha opinião, mas porque recuso ser usado como pretexto. O tempo encarregar-se-á de pôr tudo no seu devido lugar, dê por onde der".
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