Podem dizer o que quiserem, mas o Porto Santo (o resto também, mas estamos neste caso a falar do Porto Santo), precisa de agosto com fiscalização. Como precisa de turistas, de segurança, de animação...
A atuação da GNR no Porto Santo tem sido alvo de críticas fortes por parte de cidadãos e de empresários, que se queixam das operações stop feitas à chegada do Lobo Marinho e dos transtornos que isso coloca a quem chega para férias e a quem regressa de férias. Empata o trânsito, empata a vidinha das pessoas que querem é descansar, empata o negócio. Houve tempo em que por menos o comandante era posto a andar. E vai daí, nunca se sabe...
Caricaturando um pouco, por haver momentos em que só o humor nos salva, não podia a GNR fechar os olhos e deixar passar tudo? Assim como assim, passava quem tinha pressa e quem não estava para aquele controlo apertado. Podia passar alguma coisa ilícita, mas também poder-se-ia questionar sobre as intenções da polícia. Coisas ilícitas, se calhar, é o que não falta, a polícia vai preocupar-se com o Lobo Marinho? Ninguém pode passar férias descansado no Porto Santo sem ter a polícia à "perna" a controlar algum documento fora de prazo?
Claro que esta situação só pode mesmo ser caricaturada, tanta a falta de senso que coloca em causa a atuação da polícia numa época e sobretudo num mês em grande paravo negócio. E que negócio, a números escandalosos, faz a ilha sem haver uma "polícia de preços". Sem transtornos.
Afinal, é ou não é preciso fiscalização no verão do Porto Santo? É ou não é preciso que as autoridades estejam atentas aos miúdos dos excessos e aos excessos dos graúdos? É ou não é preciso fazer passar, no Porto Santo, uma mensagem de atenção policial para dar segurança ao destino, sobretudo com um novo turismo mais jovem com todos os cuidados que isso representa? Incomoda? Claro que sim. Causa transtorno? Claro que sim. Ninguém gosta de esperar depois de uma viagem de duas horas e meia. Como Ninguém gosta de uma operação stop depois do arraial. Como ninguém gosta de qualquer operação stop a qualquer hora do dia ou da noite, tantas vezes fiquei indignado, até parece que é uma caça à multa, munca ninguém pensa na segurança global mas no seu caso particular.
Na verdade, podem dizer o que quiserem, mas o Porto Santo (o resto também, mas estamos neste caso a falar do Porto Santo), precisa de agosto com fiscalização. Como precisa de turistas, de segurança, de animação, de convite para acabar com a sazonalidade, que só esbate a espaços.
De fiscalização, o Porto Santo precisa. Mas sei do que não precisa: da exploração desenfreada que um dia pode afastar pessoas. Mesmo que venham com aquela frase comum do mercado a funcionar. É como a polícia, também está a funcionar...
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