"Os currículos são demasiado extensos; Os horários letivos são demasiado pesados; Os períodos letivos são demasiado longos; Os professores não são valorizados".
O PAN Madeira levantou esta segunda-feira várias observações pertinentes sobre a escola, o seu funcionamento, o que ela representa para os jovens, de que forma podemos conduzir o processo para tornar a escola muito mais do que um ponto de encontro de amigos.
O PAN questiona: "Como mudar o paradigma e libertar as crianças e os jovens que são formatadas desde a creche para estarem sentados em silêncio e a não terem opinião crítica?"
Prossegue uma nota do partido que "se não mudarmos este paradigma, vamos continuar a ouvir que os jovens gostam da escola pelos amigos, mas não gostam de aprender e acham a escola uma “seca”, associando a escola a emoções negativas. Aprender e a escola têm de ser momentos de prazer e de satisfação que perdurem para a vida e aqui temos um problema que temos de resolver com os professores, para os alunos, com estes pais, pois como dizia Albert Einstein, não vale de nada procurar resolver os problemas que criamos com a mesma mentalidade com que os criamos. Na realidade, é a própria mentalidade conservadora que tem que mudar".
O PAN constata: Os currículos são demasiado extensos; Os horários letivos são demasiado pesados; Os períodos letivos são demasiado longos; Os professores não são valorizados; A avaliação docente é “demente”; A burocracia destrói todas as vocações; Os professores são mal pagos'.
Refere o PAN "a falta de visão da Secretaria Regional de Educação, ao longo da última década, tem levado a que perante um novo problema/ necessidade social, tenha tido como única solução para estes problemas a introdução de mais competências para a escola trabalhar, seja – o empreendorismo – a sociedade do século XXI – a cidadania – a igualdade de género – a metacognição entre tantas outras, mas na realidade não é assim que se pode modernizar a escola".
E deixa três conselhos ao secretário regional da Educação Jorge Carvalho:
1º - Oiça os Pais - é preciso mudar o paradigma e trazer os pais para a escola e não chamá-los à escola – o processo educativo alargou-se e esta interligação família- escola será fundamental para o sucesso das aprendizagens;
2º - Autonomize a Administração Escolar – é importante ter agitadores na administração escolar, de ter pessoas com rasgo, que encontrem soluções que olhem para os alunos na ótica da melhoria/ otimização e não enquanto um número, entregue a um sistema standart que demasiadas vezes se mostra incapaz de potenciar competências;
3º - Cuide dos Professores – Portugal está a ficar sem professores. É preciso dignificar/ valorizar a carreira docente, de modo que a carreira tenha capacidade para atrair jovens.
Temos pelo menos 37 professores em falta nas nossas escolas e muitos alunos em risco de ficarem sem aulas em pelo menos 1 disciplina e até 2030, metade dos professores da região vão-se reformar;
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