Declaração de Ventura no sentido de não apoiar Albuquerque deixa Miguel Castro sem margem negocial, uma vez que o que está em causa não é tanto o Programa mas quem é o líder do Governo.

O líder nacional do CHEGA está a "apertar o cerco" ao indigitado presidente do Governo Regional da Madeira, que na terça-feira próxima vai ao Palácio de São Lourenço apresentar a composição do Governo minoritário que já tem o apoio do CDS mas ainda precisa do CHEGA, do PAN e da IL para governar com maioria absoluta.
André Ventura disse, numa ação de campanha para as eleições europeias, que o Presidente da República devia responder à comissão de inquérito sobre o caso das gémeas, em nome da transparência, pelo meio, também disse que "connosco, os Miguel Albuquerque da vida não passaram. Nem daremos um minuto de apoio porque a corrupção nunca terá o nosso apoio".
Esta declaração, que já não é a primeira neste sentido, deixa o líder regional do CHEGA, Miguel Castro, numa posição muito "apertada" do ponto de vista das soluções, uma vez que o que Ventura fala não é de um apoio ao Governo de Albuquerque de acordo com a satisfação de medidas do partido no programa de Governo, mas sim centra a decisão na figura do líder do PSD-M. E, neste contexto, o voto do CHEGA não depende de negociação de medidas mas sim da própria presença de Albuquerque, que tem assim um grande desafio pela frente ao precisar dos votos de um partido que está contra o seu exercício do cargo.
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