"Obras faraónicas, betão até o mar, irresponsabilidade ambiental e não há uma casa para morar".
O cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda às eleições regionais antecipadas de 26 de maio, Roberto Almada arrancou a campanha dizendo que “Miguel Albuquerque é o novo jardinismo” que proporciona por um lado “negócios para alguns: os Farinhas, os Henriques e os Sousas deste mundo” e por outro lado traz “miséria para muitos e carnaval e circo na campanha, à custa de todas e de todos os madeirenses”.
“Mas a questão é muito maior que a campanha, é do modelo da economia. Obras faraónicas, betão até o mar, irresponsabilidade ambiental e não há uma casa para morar. Negócios de milhões, mas ordenados mínimos e precariedade para quem trabalha na Madeira e para quem trabalha no Porto Santo”, prosseguiu o candidato bloquista.
Se Miguel Albuquerque não perdeu tempo em usar o diferencial a que a região tem direito para baixar os impostos sobre os lucros das grandes empresas, já não fez o mesmo para baixar o IVA ou o IRS pago por quem trabalha. “A Madeira continua a pagar o IVA mais alto desde o programa de ajustamento financeiro. Pagamos 22% na taxa normal, quando podíamos estar a pagar 16%. Quem trabalha, paga sempre o máximo e isso não é admissível. Mas para os tubarões, há sempre os descontos”, acusou Roberto Almada.
Entre as várias propostas que o Bloco de Esquerda/Madeira apresenta a estas eleições para responder à crise da habitação, dos baixos salários e dos serviços públicos, Roberto Almada destacou que o Bloco é o único partido a defender a reposição do tempo de serviço congelado nos anos da troika a todos os trabalhadores da administração pública, “como já acontece, e bem para os professores da nossa Região”. “Temos que travar essa luta, porque é uma luta justa a favor de quem dá o melhor de si para prestar serviços públicos de qualidade aos cidadãos e às cidadãs da nossa terra”.
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