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Continua no zero o apoio à Patinagem no gelo

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia

Atualizado: 20 de mar. de 2023



A existência de uma qualidade internacional dos praticantes, madeirenses, não deveria justificar alguma ponderação por parte de quem tem a responsabilidade de atribuir apoios, naturalmente segundo critérios estabelecidos?






A Patinagem de Velocidade no Gelo não é uma modalidade com tradições no País, muito menos na Madeira. Mas nem por isso deixou de resultar numa prática de alto nível por parte de alguns atletas da Região, que têm alcançado resultados de topo e até já integram um plano de bolsa olímpica que constitui um grande apoio, de âmbito nacional, para a sua evolução. Resultados têm acontecido, bons resultados. Mas apoios da Madeira, zero, apesar das tentativas que os responsáveis têm desenvolvido, sem sucesso, para os praticantes tenham algum apoio no meio de uma "avalanche" de ajudas que a estrutura desportiva de Governo concede a associações, clubes e atletas dos mais distintos desportos, com maior ou menor dimensão. Este silêncio, alguma indiferença mesmo, provoca estranheza aos praticantes, aos clubes que representam e aos técnicos.

Recentemente, demos conta que "o quarteto madeirense formado por Francisca Henriques (CS Marítimo), Jéssica Rodrigues (CDR Prazeres), Afonso Silva (CDR Prazeres) e Martim Vieira (CS Marítimo), participou em Heerenveen (Países Baixos), na Viking Race, a maior competição internacional de Patinagem de Velocidade no Gelo para atletas entre os 11 a 16 anos".

O texto da autoria do jornalista Duarte Azevedo referia que "as prestações dos madeirenses, únicos representantes de Portugal, foram de extrardinária qualidade, sobretudo Francisca Henriques com o 9º lugar final (9ª nos 500 metros, 9ª nos 1000, 7ª nos 500 - segunda ronda, e 9ª nos 1500) em Juniores B1. No mesmo escalão, Jéssica ficou no 11º lugar (12ª nos 500 metros, 13ª nos 1000, 14ª nos 500 - segunda ronda, e 12ª nos 1500). Numa prova que contou com 24 participantes.

Nos masculinos, muito boa, também, a prestação de Afonso Silva, 10º na final (19º nos 500 metros, 8º nos 1500, 12º nos 1000 e 4º nos 3000) - extraordinário o quarto lugar nos 3000 metros -, na categoria B2 entre 25 atletas".

Já aqui demos eco à inexistência de apoios oficiais a estes atletas. A Direção Regional de Desportos tem vindo a remeter o processo para uma realidade que os clubes e técnicos contestam, uma vez que é afirmado que essa falta de apoio resulta da inexistência de projeto que possa justificar e dar consistência a uma decisão no sentido da concessão de alguma forma de ajuda a atletas da Região. A outra parte tem vindo a revelar que não há qualquer processo em andamento e nada tem sido pedido no sentido da apresentação de projeto, apesar das tentativas de sensibilizar a DRD para este enquadramento para os praticantes.

A situação é tanto mais estranha quando todos os anos o Governo Regional garante apoios alargados ao desporto e a modalidades que porventura não atingem a notoriedade que estes atletas apresentam, mesmo sabendo que a Região não tem programa competitivo, como não há em Portugal. Mas a existência de uma qualidade internacional dos praticantes, madeirenses, não deveria justificar alguma ponderação por parte de quem tem a responsabilidade de atribuir apoios, naturalmente segundo critérios estabelecidos? Não seria lógico que os responsáveis, atletas, treinadores e clubes, tivessem uma resposta e uma justificação, para o sim ou para o não?



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