"Fontes" partidárias e governamentais garantem que alguns secretários regionais fizeram uma pausa na governação e passam os dias ao telefone com militantes próximos
As eleições internas no PSD Madeira, marcadas para 21 de março, atingem contornos que estão a preocupar os militantes e já extravasaram a rede de influência do próprio partido, já estão mesmo nos corredores do Governo Regional e de alguns poderes locais. Secretários, diretores regionais, diretores de serviço, deputados, presidentes de juntas, casas do povo e tudo o que pode ser alvo de eventuais influências, estão a ser mobilizados de forma nunca antes vista atendendo a que Miguel Albuquerque tem a oposição de Manuel António Correia e a "máquina" afeta ao líder não quer ser apanhada de supresa e colocar em risco tudo o que está em jogo para o futuro.
"Fontes" partidárias e governamentais garantem que alguns secretários regionais fizeram uma pausa na governação e passam os dias ao telefone com militantes próximos tendo em vista garantir o voto a 21 de março "no candidato certo". Dizem-nos que além do episódio que demos conta do gabinete de Eduardo Jesus relativamente a pressões exercidas junto da diretora regional da Cultura Natércia Xavier, apoiante de Manuel António, ocorreu outro episódio que surpreendeu toda a gente, vindo do secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, que por estes dias "encostou" o seu motorista, que curiosamente era o motorista de Manuel António quando este era secretário regional, e que muitos consideram um bom profissional que foi apanhado nesta "guerra acéfala" em nome da eleição interna.
Garantem-nos que este nervosismo suscitado pela conjuntura está a deixar transparecer um certo vale tudo para manter o "status" criado por esta liderança, que vem procurando capitalizar legitimidade nas Regionais com a recente vitória nas nacionais.
Aquilo que os militantes estranham é o forte empenho de Pedro Ramos, um dos mais ativos neste processo, utilizando estes métodos que não se compaginam com o partido democrático como é o PSD.
É pois neste ambiente que o partido se prepara para ir a eleições a 21 de março depois de um período atribulado com entraves no pagamento das quotas para militantes afetos à candidatura alternativa à de Miguel Albuquerque, o que motivou uma reação crítica por parte do candidato antigo secretário regional do Governo de Jardim.
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