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Petição pública contra estacionamento na Praça do Município

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 4 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

Promotores deixam alternativa: nas traseiras do Colégio dos Jesuítas, a construção do hipotético parque não colocaria em risco tantos edifícios históricos.



Já está em curso, publicamente, uma petição contra a construção de um parque de estacionamento sob a emblemática Praça do Município, uma promessa de Pedro Calado durante a campanha eleitoral, uma polémica promessa que já teve vários registos relativamente à lotação, suscitando críticas dos que entendem não ser o local certo para um investimento do género tratando-se de zona de valor histórico. Pedro Calado garante parque com obras começadas em 2023, para cerca de 400/500 lugares.

Na petição pública, que está no início e tem 76 assinaturas, os promotores lembram que

"a atual autarquia do Funchal, pretende executar uma política de mobilidade exatamente contrária à sustentabilidade ambiental, urbanística e turística, injetando mais automóveis no centro congestionado do Funchal, e ainda com a agravante de situar o novo parque de estacionamento numa zona delicada de edifícios históricos classificados".

Refere o documento que "o abrir de um buraco numa das praças mais bonitas do Funchal, a Praça do Município, executada nos inícios dos anos 40 do séc. XX, por dois dos mais conceituados arquitetos portugueses, Francisco Caldeira Cabral e Raul Lino, vai desfigurar a mesma, mesmo que depois reposta na sua linguagem inicial. Além disso, em boa verdade e em consciência ninguém poderá garantir que as obras de construção, com a inevitável trepidação, não irão causar danos nos edifícios históricos classificados da Igreja e Colégio dos Jesuítas, no antigo Paço Episcopal, hoje Museu de Arte Sacra do Funchal, e mesmo no próprio palacete da Câmara Municipal".

Acrescenta o texto que "é demasiado arriscado, ao nível de engenharia e de preservação do nosso valioso Património Construído, executar um parque de estacionamento naquele lugar emblemático da cidade, para além do transtorno que irá causar nesta zona do Funchal durante a sua construção".

A petição dá soluções: "Somos contra a construção de mais parques de estacionamento no delicado centro histórico da cidade, mas a edificar, poderia ser construído na zona do atual parque a descoberto da Reitoria da Universidade da Madeira, uma vez que o espaço é propriedade do Governo Regional, que está cedido por trinta anos à Universidade, estando por isso assegurada a conjugação de esforços entre o município e o Governo Regional, para naquele lugar construir.

Ali, nas traseiras do Colégio dos Jesuítas, a construção do hipotético parque não colocaria em risco tantos edifícios históricos classificados, não se destruía o largo, não causaria tanto transtorno na cidade durante a sua construção, quer a nível de ruído e mobilidade, quer a nível de impacto visual. E o novo parque ficaria a dois passos da Praça do Município".

 
 
 

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