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Foto do escritorHenrique Correia

Pior do que a Madeira só os Açores no risco de pobreza do País



A região do País com maior redução da taxa de risco de pobreza foi o Algarve (-2,4 p.p.), seguido do Norte (-1,2 p.p.) e da R.A. Madeira (-1,1 p.p.).



A Madeira tem uma taxa de risco de pobreza de 28,1% com dados de 2022 hoje divulgados pela Direcção Regional de Estatística. Mesmo que revelando uma descida, só os Açores têm piores indicadores.

Em 2023, na Madeira, a taxa de risco de pobreza ou exclusão social (rendimentos de 2022) foi de 28,1%, refletindo uma diminuição de 2,1 p.p. face a 2022, fixando-se no valor mais baixo desde que o ICOR tem representatividade regional. A Região Autónoma dos Açores registou o valor mais alto (31,4%), enquanto o Alentejo tinha a taxa mais baixa (16,4%). A média nacional manteve-se inalterada nos 20,1%. Comparativamente a 2022, as maiores reduções deram-se no Algarve (-3,1 p.p.) e na RAM (-2,1 p.p) e os maiores aumentos na A.M. Lisboa (+3,8 p.p) e na R.A. Açores (+1,1 p.p.).

A taxa de risco de pobreza pode também ser calculada com base nas linhas de pobreza regionais, que têm a vantagem de refletir diferentes condições socioeconómicas, nomeadamente, diferentes níveis de custo de vida. Em cada região NUTS II, a linha de pobreza regional corresponde à proporção de habitantes nessa região que vivem com rendimentos monetários disponíveis equivalentes inferiores a 60% da mediana da distribuição dos rendimentos monetários disponíveis equivalentes dessa mesma região.

A taxa de risco de pobreza calculada com base nas linhas de pobreza regional da RAM, que corresponde a 60% do rendimento monetário líquido anual mediano por adulto equivalente na Região, fixou-se em 19,7%. Neste indicador, o Alentejo registou o valor mais baixo (14,4%), enquanto a Área Metropolitana de Lisboa (21,4%) e a Região Autónoma dos Açores (20,7%)surgem com a percentagem mais elevada, seguidas pelo Algarve e pela RAM, com a mesma percentagem (19,7%).

Entretanto, em 2022, na RAM, a proporção da população com menos de 65 anos que vivia em agregados familiares com intensidade laboral per capita muito reduzida foi de 7,4%, traduzindo uma redução de 1,4 p.p. face ao ano precedente, posicionando-se também como o valor mais baixo da curta série disponível. A média nacional foi de 6,3% (+0,7 p.p.). Por regiões, o valor mais baixo foi registado no Alentejo (4,1%) e os mais elevados na R.A. Açores (8,9%) e na A.M. Lisboa (8,3%). Face a 2021, as maiores reduções na intensidade laboral per capita foram registadas no Algarve (-2,3 p.p.)  e na RAM (-1,4 p.p.) e o maior aumento na A.M. Lisboa (+2,9 p.p.).

Consideram-se em intensidade laboral per capita (por pessoa) muito reduzida todas as pessoas com menos de 65 anos que, no período de referência do rendimento, viviam em agregados familiares em que a população adulta dos 18 aos 64 anos referiu ter trabalhado, em média, menos de 20% do tempo de trabalho possível (excluem-se os estudantes dos 18 aos 24 anos; os reformados e/ou pensionistas de velhice ou invalidez; e as pessoas inativas com 60-64 anos e que vivem em agregados cuja principal fonte de rendimento são pensões).

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