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  • Foto do escritorHenrique Correia

Porto Santo será sempre um destino sazonal e de afetos



A ilha será sempre sazonal, do ponto de vista turístico, podem colocar os aviões que quiserem, será assim, será sempre um destino essencialmente de julho, agosto e setembro, um pouco de Páscoa.




Talvez tenha sido o turismo, com reflexos nas áreas de si dependentes, o setor que maiores mudanças sofreu na Região, por consequência da pandemia, de dois anos de "reclusão" obrigatória das populações. Foi como se abrissem as portas da liberdade e todos sentissemos a necessidade de sair e entrar, de sair cá dentro, de sair da Região, de sair do País. E aconteceu aos milhares que já entraram. E vimos, sem darmos muito por isso, no início, o turismo da Madeira mudar radicalmente de nichos de mercado, agora muito mais jovem numa grande faixa, um pouco massificado, com tudo o que isso traz de bom para os números e traz de menos bom para o risco da qualidade não poder acompanhar nessa medida. Para já, não há muito tempo para pensar nisso. Mas lá virá o dia para pensar como equilibramos este "boom" com o destino de qualidade e de receitas.

No caso do Porto Santo, tem algumas diferenças, massificado também, pelos mesmos motivos, mas circunscrito, na grande parte, a três meses de verão. E com caraterísticas muito específicas. A ilha será sempre sazonal, do ponto de vista turístico, podem colocar os aviões que quiserem, será assim, será sempre um destino essencialmente de julho, agosto e setembro, um pouco de Páscoa, destino de praia e de afetos, nas suas diferentes vertentes que esses afetos encerram, de famílias, de amigos, de amigos dos amigos, de visitantes que criam laços e que até acabam por investir. E depois há os outros, os que fazem a experiência, vão e voltam, de qualquer modo vão criando também afetos que dão expressão a esta especificidade do destino e que, de certo modo, dá algum conforto económico ao negócio, também ele naturalmente sazonal, daí os preços inflacionados pela necessidade de ganhar muito em pouco tempo.

Este ano, praticamente o primeiro de normalidade pós pandemia, foi a liberdade que todos esperavam, foram os afetos todos juntos conjugados com o aumento da disponibilidade de lugares nos meios aéreos, que permitiu um aumento de visitantes que é talvez o mais alto dos últimos anos pré pandemia. E até pode ser, por um qualquer efeito, que venha a contribuir para um futuro alargamento dessa sazonalidade. Difícil, mas nunca se sabe...






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