Petição e abaixo-assinado levam PSD a chamar o presidente da Câmara e o secretário das Infraestruturas. Mas chamar quem se queixa, não.
O Grupo Parlamentar do PSD Madeira deu entrada de um pedido de audição parlamentar ao presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz e ao secretário Regional de Equipamentos e Infraestruturas, com o propósito de esclarecer a implementação de um novo posto de combustível no Caniço. Um abaixo-assinado e uma petição online sustentam a pressão pública. A Iniciativa Liberal, o BE e o PS queriam ir mais longe e ouvir quem se queixa, mas o PSD chumbou a proposta, o que leva a IL a considerar que esta será mais uma oportunidade, não para abordar o problema, mas para servir de arma de arremesso contra o presidente da Câmara, como se sabe Filipe Sousa do JPP.
O PSD Madeira considera crucial ouvir as partes envolvidas, nomeadamente o Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz e o Secretário Regional da Economia e Infraestruturas, a fim de compreender os argumentos, esclarecer dúvidas e recolher informações relevantes.
A IL lembra que "os signatários defendem que “a colocação de um posto de combustível nesta zona é um perigo eminente para as habitações próximas, são cerca de 172 habitações, contabilizando 39 casas geminadas a Norte, cerca de 66 apartamentos a Oeste, 62 apartamentos a Este e 6 casas a Sul, para além das habitações são contabilizados tanques de gás perto do sítio de implementação do novo posto de combustível, a Norte, a cerca de 8 metros a Oeste, a 5 e a 40 metros o que torna ainda mais perigoso a sua construção neste local. (…) Existem casas a menos de 5 metros da zona onde é perspetivada a implementação deste empreendimento. (…) Esta zona habitacional não carece de um posto de combustível, atendendo inclusive, que tem já um posto da Galp a 600 metros.”
"O PSD votou contra o se poder ouvir quem se sente prejudicado. Vai a comissão reunir para ouvir, da boca da Câmara de Santa Cruz e da Secretaria, sobre a legalidade do projeto, e só.
Apesar do que o PSD escreve para justificar a audição, não tem interesse nenhum em ouvir os que terão de viver ao lado de uma bomba de gasolina", refere a Iniciativa Liberal.
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