Presidente da Assembleia em segundo plano no Dia do Empresário
- Henrique Correia
- 23 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Foi Miguel Albuquerque quem discursou, mas a hierarquia da representação protocolar coloca José Manuel Rodrigues em primeiro lugar. Só seriam ultrapassados se viesse o primeiro-ministro, um ministro ou o Representante.



A polémica vinda a público relativamente a uma eventual tentativa do secretário de Estado das Comunidades, o madeirense Paulo Cafôfo, no sentido de ter lugar de destaque no Dia do Empresário, promovido pela ACIF, em representação do Governo da República, não foi a única observação saída daquele encontro levado a efeito pela Associação empresarial.
De facto, não faz muito sentido a eventualidade da representação de Cafôfo, uma vez que mesmo delegando representatividade, o primeiro-ministro nunca iria fazê-lo abaixo de ministro e se o fizesse através de um secretário de Estado faria todo o sentido ser o da Economia. Como não veio e não fez nem uma coisa nem outra, ficou sem representação na cerimónia.
Mas relativamente à ACIF, em termos protocolares, que mesmo em iniciativa privada deve ser factor atendido, estando presentes o presidente da Assembleia e o presidente do Governo, este seria sempre a segunda figura, o que não aconteceu efetivamente com Miguel Albuquerque a discursar e José Manuel Rodrigues relegado para a primeira fila da "bancada" quando ali é a figura principal. E a menos que viesse o primeiro-ministro ou um ministro, qualquer outro representante da República, a estar presente, seria sempre a terceira figura, sendo que ao contrário do que acontecia com Cristina Pedra, o atual presidente da ACIF não convidou o Representante da República cuja presença obrigaria a dar a palavra porque Ireneu, nesse caso, seria a primeira figura protocolar. A falta de convite facilitou a vida de Veiga França, que no entanto não teve a atenção que a presidência da Assembleia exigia numa cerimónia desta natureza.
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