"Nestes casos, em que o carro é uma absoluta necessidade, acresce o facto de muito cidadãos não terem meios financeiros para a substituição por um veículo mais recente”.

O Partido Socialista deixou cair o agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) para automóveis até 2007. Curiosamente, o argumento é o mesmo pelo qual a medida nunca deveria ter sido pensada, situação que naturalmente não está alheio o facto de haver eleições em março de 2024 e o IUC ser um factor de descontamento por parte dos portugueses. O argumento é este: “Questão de justiça social e proteção dos cidadãos com maior vulnerabilidade económica”.
Como refere o Observador, a medida tem em conta o seguinte: "O veículo ligeiro é em muitos casos ainda a principal forma de deslocação para o trabalho ou para deslocação até ao meio de transporte público mais próximo, principalmente fora das principais cidades do país e em zonas de média e baixa densidade, onde a oferta de transportes públicos é reduzida e desadequada às necessidades diárias de mobilidade. Nestes casos, em que o carro é uma absoluta necessidade, acresce o facto de muito cidadãos não terem meios financeiros para a substituição por um veículo mais recente”.
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