PSD "absoluto" e PS com mais um deputado se cada concelho fosse um círculo
- Henrique Correia
- 11 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Com base nos resultados de 2019, onde se fez sentir o efeito Cafôfo, o PS também ganharia 1 deputado, JPP e CDS perdiam e PCP desaparecia se em vez do círculo único fosse um círculo eleitoral por concelho.

Este é o atual quadro parlamentar regional que vai entrar no último ano da Legislatura.
É uma questão recorrente no contexto do debate político sobre círculos eleitorais na Madeira, que como se sabe é círculo único. E voltou a ser tema pela intervenção de Victor Freitas, socialista e vice presidente do Parlamento, durante a sessão solene comemorativa dos 469 anos da freguesia da Fajã da Ovelha onde esteve em representação do presidente da Assembleia.
Victor Freitas defendeu o regresso dos círculos eleitorais concelhios para aproximar eleitos de eleitores, além de ter apontado a "descentralização de competências do Governo Regional para os Municípios", a "necessidade de combater a desertificação com a transferência de serviços públicos para determinados concelhos, fixando pessoas".
Numa extrapolação que vale apenas como mero indicador, tendo por base as eleições muito particulares de 2019, onde o efeito Paulo Cafôfo pode ter distorcido um quadro normal de vigência política na Região, podemos dizer que se em vez de um círculo eleitoral estivessemos perante um círculo pir concelho, o PSD teria a maioria absoluta com 24 deputados (tem 21), o PS ganhava um deputado e passava a ter 20 (tem 19). Todos os outros perdiam, o JPP ficava com dois (tem 3), o CDS passava a 1 (tem 3) e o PCP perdia o deputado que tem.
Este quadro político verificou-se com as condições excecionais de 2019, poderá mesmo não ser igual ao de 2023, ano das próximas eleições regionais, onde o PS poderá ir ou não com Sérgio Gonçalves, admitindo-se que as alas Cafôfo e agora Miguel Gouveia, que se filiou recentemente, possam baralhar estas contas.
Por concelho, seria assim:
Funchal: 15 deputados ( 7 do PSD, 7 do PS e 1 do CDS)
Camara de Lobos: 5 deputados (3 do PSD e 2 do PS).
Santa Cruz: 6 deputados (2 do PSD, 2 do PS, 2 do JPP)
Machico: 4 deputados (2 do PSD e 2 do PS)
Ribeira Brava: 3 deputados (2 do PSD e 1 do PS)
Calheta: 3 deputados (2 do PSD e 1 do PS)
Ponta do Sol: 3 deputados (2 do PSD e 1 do PS)
Santana: 2 deputados (1 do PSD e 1 do PS)
São Vicente: 2 deputados (1 do PSD e 1 do PS
Porto Moniz: 2 deputados (1 do PSD e 1 do PS
Porto Santo: 2 deputados (1 do PSD e 1 do PS
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