Estrutura regional social democrata tem estudos que dão perda de votos do partido mas mesmo assim daria para segurar os 3 deputados na Assembleia da República. PS, JPP e CHEGA ficavam com 1 deputado cada.
O PSD Madeira não está disponível, no contexto presente, para ir coligado com o CDS nas eleições legislativas nacionais antecipadas para 10 de março do próximo ano. A decisão que neste momento ganha consenso na estrutura regional social democrata e também no seu líder Miguel Albuquerque é a de que o PSD-M deverá concorrer sozinho para a Assembleia da República, onde a Madeira tem 6 mandatos atribuídos, sendo que presentemente o PSD tem 3 e o PS tem 3.
Albuquerque ainda não falou formalmente com Rui Bareto sobre o assunto depois do líder do CDS Madeira ter assumido a dianteira concedendo uma entrevista ao JM no dia da Comissão Política social democrata, onde defendeu que a coligação governativa da Madeira deveria estender-se nas eleições antecipadas nacionais de 10 de março. E Barreto não se limitou a dar a sua opinião, foi mais longe ao deixar claro que se não houver esse acordo pode dar a ideia de desunião no seio da coligação do Governo Regional, este mandato com necessidade de um terceiro partido, no caso o PAN, para manter a maioria absoluta parlamentar.
Barreto condicionou, de certa forma, o PSD, o que foi mal interpretado em alguns sectores, que viram nesta estratégia uma forma de pressão precisamente pelo facto do líder do CDS/M sentir que pode não ser um dado adquirido a extensão da coligação a outras eleições.
A verdade é que a própria posição da Comissão Política do PSD-M, traduzida no comunicado final, ignora as declarações de Rui Barreto. E mais do que isso, releva a posição do PSD, isoladamente, enquanto partido vencedor, deixando implícita a necessidade de reafirmar um sentido de vitória enquanto PSD e fora de qualquer coligação. O que de resto é recordado por algumas "fontes" relativamente às últimas legislativas nacionais onde PSD e CDS foram coligados e os centristas não conseguiram a eleição do seu candidato face ao empate de mandatos com o PS.
Esses resultados, também os números da recente maioria relativa nas regionais, que deixou a estrutura do PSD-M tão desanimada com a prestação do partido quanto com a falta de mais valia do parceiro CDS, acabaram por deixar Miguel Albuquerque sem argumentos, perante os críticos internos da coligação, para manter o acordo nas nacionais. E segundo se sabe, o líder do PSD-M prepara-se para defender uma tese visando a realidade nacional e procurando salvaguardar o entendimento na Região, np pressuposto de uma conjuntura diferente. Albuquerque não quer coligação por não haver coligação nacional.
Fonte bem colocada garante-nos que o PSD tem estudos pouco animadores para as legislativas nacionais, com perda de votos na linha do que vem acontecendo com o partido no contexto regional. Mesmo assim, asseguram-nos, esses estudos apontariam para a eleição de três deputados, ou seja o PSD mantinha o que tem, mas os três lugares restantes seriam ocupados pelo PS, JPP e Chega, sendo que neste caso o PS perderia dois deputados, o que a acontecer seria já sob liderança de Paulo Cafôfo, mas poderia corresponder, também, a um período de perdas dos socialistas madeirenses.
Não podemos deixar de ter como referência a nota introdutória que Rui Barreto levou ao Parlamento antes de apresentar o programa da sua secretaria, de Economia e Pescas. O secretário/líder do CDS deixou recados que para muitos teve em conta "tocar o sino" para um PSD que Barreto sente estar a "fugir" do acordo para a República. Alertou para as agendas pessoais, interesses particulares, taticismos, quando o interesse da Região deve ser colocado como prioridade. Barreto parece estar com dúvidas sobre as certezas do PSD, que já foram maiores.
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