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  • Foto do escritorHenrique Correia

PSD Madeira quer concorrer sozinho às eleições de 10 de março



Estrutura regional social democrata tem estudos que dão perda de votos do partido mas mesmo assim daria para segurar os 3 deputados na Assembleia da República. PS, JPP e CHEGA ficavam com 1 deputado cada.





O PSD Madeira não está disponível, no contexto presente, para ir coligado com o CDS nas eleições legislativas nacionais antecipadas para 10 de março do próximo ano. A decisão que neste momento ganha consenso na estrutura regional social democrata e também no seu líder Miguel Albuquerque é a de que o PSD-M deverá concorrer sozinho para a Assembleia da República, onde a Madeira tem 6 mandatos atribuídos, sendo que presentemente o PSD tem 3 e o PS tem 3.

Albuquerque ainda não falou formalmente com Rui Bareto sobre o assunto depois do líder do CDS Madeira ter assumido a dianteira concedendo uma entrevista ao JM no dia da Comissão Política social democrata, onde defendeu que a coligação governativa da Madeira deveria estender-se nas eleições antecipadas nacionais de 10 de março. E Barreto não se limitou a dar a sua opinião, foi mais longe ao deixar claro que se não houver esse acordo pode dar a ideia de desunião no seio da coligação do Governo Regional, este mandato com necessidade de um terceiro partido, no caso o PAN, para manter a maioria absoluta parlamentar.

Barreto condicionou, de certa forma, o PSD, o que foi mal interpretado em alguns sectores, que viram nesta estratégia uma forma de pressão precisamente pelo facto do líder do CDS/M sentir que pode não ser um dado adquirido a extensão da coligação a outras eleições.

A verdade é que a própria posição da Comissão Política do PSD-M, traduzida no comunicado final, ignora as declarações de Rui Barreto. E mais do que isso, releva a posição do PSD, isoladamente, enquanto partido vencedor, deixando implícita a necessidade de reafirmar um sentido de vitória enquanto PSD e fora de qualquer coligação. O que de resto é recordado por algumas "fontes" relativamente às últimas legislativas nacionais onde PSD e CDS foram coligados e os centristas não conseguiram a eleição do seu candidato face ao empate de mandatos com o PS.

Esses resultados, também os números da recente maioria relativa nas regionais, que deixou a estrutura do PSD-M tão desanimada com a prestação do partido quanto com a falta de mais valia do parceiro CDS, acabaram por deixar Miguel Albuquerque sem argumentos, perante os críticos internos da coligação, para manter o acordo nas nacionais. E segundo se sabe, o líder do PSD-M prepara-se para defender uma tese visando a realidade nacional e procurando salvaguardar o entendimento na Região, np pressuposto de uma conjuntura diferente. Albuquerque não quer coligação por não haver coligação nacional.

Fonte bem colocada garante-nos que o PSD tem estudos pouco animadores para as legislativas nacionais, com perda de votos na linha do que vem acontecendo com o partido no contexto regional. Mesmo assim, asseguram-nos, esses estudos apontariam para a eleição de três deputados, ou seja o PSD mantinha o que tem, mas os três lugares restantes seriam ocupados pelo PS, JPP e Chega, sendo que neste caso o PS perderia dois deputados, o que a acontecer seria já sob liderança de Paulo Cafôfo, mas poderia corresponder, também, a um período de perdas dos socialistas madeirenses.

Não podemos deixar de ter como referência a nota introdutória que Rui Barreto levou ao Parlamento antes de apresentar o programa da sua secretaria, de Economia e Pescas. O secretário/líder do CDS deixou recados que para muitos teve em conta "tocar o sino" para um PSD que Barreto sente estar a "fugir" do acordo para a República. Alertou para as agendas pessoais, interesses particulares, taticismos, quando o interesse da Região deve ser colocado como prioridade. Barreto parece estar com dúvidas sobre as certezas do PSD, que já foram maiores.



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