"Impõe-se a escolha de um novo Governo e a consequente aprovação de um Programa e de um Orçamento Regional".
O Conselho Regional do PSD/Madeira registou esta quinta-feira uma das suas reuniões mais marcantes da história do partido depois do seu líder e líder do Governo de coligação ter sido constituído arguido num processo envolvendo investigação sobre corrupção e que já levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal e os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia.
O órgão partidário, hoje reunido sob a presidência de Cunha e Silva, concluiu, por unanimidade, que "a Madeira precisa de um Governo, de um Programa e de um Orçamento. O PSD/Madeira sabe que pode garanti-lo através da sua união, da sua mobilização, do seu empenho e do seu indiscutível trabalho em prol da nossa terra. É a partir da estabilidade que se reconstrói o futuro coletivo".
Tudo para defender que uma vez garantida a "maioria parlamentar, bem como a sua legitimidade eleitoral e democrática, impõe-se a escolha de um novo Governo e a consequente aprovação de um Programa e de um Orçamento Regional".
O Conselho Regional, a este propósito, lembra que, ao contrário do que aconteceu com o Governo da República, na Madeira, após as últimas eleições e na posse do Governo Regional, não se colocou qualquer condicionalismo quanto à indicação do Presidente do Governo nem quanto à constituição do Executivo.
Enquanto a oposição defende eleições antecipadas, o PSD não. Tirando a deputada social democrata Sara Madruga da Costa, o que lhe valeu apupos na sala demonstrativos de que o PSD-M poderá não estar a conviver bem com o momento e com a comprovada necessidade de uma "refundação" interna profunda.
Segundo o Conselho Regional "a presente estabilidade parlamentar resulta das eleições regionais ocorridas há apenas quatro meses e tem a sua legitimidade democrática assente na vitória do PSD em todos os concelhos da Região e em 52 das 54 freguesias, bem como nos acordos político e de incidência parlamentar com o CDS e com o PAN, respetivamente".
"O Conselho Regional entende e defende ser obrigação do PSD, e da maioria parlamentar por si liderada, continuar a garantir o normal, estável e regular funcionamento das instituições e, como consequência, assegurar a estabilidade política, governativa e social da Região".
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