Quem "apadrinhou" o casamento em área protegida?
- Henrique Correia
- 15 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Iniciativa Liberal questiona Rafaela Fernandes e o PAN acusa o IFCN pela sua contínua falha em garantir a proteção efetiva das áreas protegidas.

Casório montou tenda no Fanal.
Promete ser o casamento do ano em polémica e nem se sabem todos os pormenores. Uma tenda montada no Fanal e muita festa em zona reservada, que no final da folia apostava um estado lastimável. A Iniciativa Liberal e o PAN já emitiram comunicados.
A Representação Parlamentar da Iniciativa Liberal Madeira na ALRAM solicitou esclarecimentos urgentes à Secretaria Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente acerca da autorização de um evento que ocorreu ontem na área protegida do Fanal, na Região Autónoma da Madeira, envolvendo cerca de 250 participantes. A festa, que implicou a montagem de tendas e outros equipamentos, levantou preocupações significativas sobre o impacto ambiental e o cumprimento das normas de preservação.
Perguntas enviadas:
Como foi possível autorizar um evento com um número tão elevado de participantes numa zona protegida como o Fanal, reconhecida pelo seu valor ambiental e patrimonial?
Que critérios foram utilizados para a concessão desta autorização?
Que medidas foram tomadas para garantir que a limpeza fosse efectuada conforme os termos da autorização?
Houve fiscalização da Secretaria para assegurar o cumprimento desta obrigação?
Que avaliação foi feita do impacto ambiental antes da autorização?
E quais são as consequências previstas para o incumprimento das normas de preservação ambiental?
Também o PAN emitiu uma nota onde vem manifestar a sua profunda indignação perante a recente festa realizada em área ambiental protegida do Fanal, a menos de um mês após os graves incêndios que devastaram vastas áreas da nossa região. Consideramos incompreensível e irresponsável que seja permitida a realização de eventos privados em áreas sensíveis e de elevada importância ecológica.
O PAN Madeira não pode deixar de expressar uma dura crítica ao IFCN pela sua contínua falha em garantir a proteção efetiva das áreas protegidas e pela falta de coerência na aplicação das normas de conservação. Em vez de agir com responsabilidade para preservar o nosso património natural, continuam a ceder a interesses privados, ignorando o bem comum e os riscos ambientais.
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