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Reorganização das zonas turísticas, sim; travar turistas, não...

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 26 de mai.
  • 2 min de leitura


Miguel Albuquerque aponta o Teleférico do Curral como uma das novas atratividades para descongestionar o turismo "de sucesso" e de "recordes" na Madeira.




Miguel Albuquerque recusa qualquer medida que vise controlar a entrada de turistas na Região. Admite debater o problema, mas travar por travar parece não estar no seu horizonte. "Há vozes no sentido de termos excesso de turismo" e o presidente diz que "temos de ponderar esta situação olhando para a realidade".

É olhando para essa realidade que não tem dúvidas de que o turismo "é bem vindo, beneficia diretamente os serviços turísticos, cria postos de trabalho, mas também é bom para o comércio em geral e para as empresas de animação turística". Por isso, travar, nunca, agora é preciso encontrar soluções de resposta no sentido de equilibrar acessos, criar novas levadas e parques de estacionamento em zonas críticas.

Foi assim, na rubrica "olhos nos olhos" que o presidente do Governo tocou num dos pontos mais sensíveis da atualidade, para os residentes e para os turistas. Para os residentes que evitam passeios aos pontos turísticos de maior afluência, designadamente Pico do Arieiro, Ribeiro Frio, Poiso, Cabo Girão, Ponta de São Lourenço, entre outros, normalmente num atropelo de gente. Para os turistas, que perante tanta dificuldade de acesso, podem saturar e, quem sabe um dia, procurar outros destinos. É preciso, no fundo, "não matar a galinha dos ovos de ouro".

Mas Albuquerque coloca os números do Turismo numa palavra: sucesso. Os sucessivos recordes, no número, no preço por quarto, no RevPar, que corresponde à receita média gerada por cada quarto disponível, independentemente se está ocupado ou não, o que normalmente define o desempenho de um hotel, tudo isto junto aponta para um patamar positivo.

Por isso, Albuquerque defende a reorganização dos circuitos turísticos para evitar as concentrações e os congestionamentos nas zonas de maior afluência. Dede logo, iniciámos essa reorganização com estacionamentos pagos.

Além disso, diz Albuquerque, a Região está a desenvolver esforços no sentido de criar novas áreas de atratividade, elegendo mesmo um dos projetos que tem resultado em alguma polémica como um desses novos polos: o Teleférico do Curral das Freiras. O Pico da Boneca, em Santana, com um novo miradouro à semelhança do Cabo Girão, será outro dos projetos enquadrados nesta nova política de descentralização da atratividade turística, a que juntarão, na Calheta, a construção dos caminhos reais.

Para responder aos que indicam excesso de camas , Albuquerque diz não haver comparação com outros destinos, com Canárias por exemplo. A Madeira tem 32 mil camas em hotelaria (POT previa 40 mil em 2027, o que não será atingido) e 32 mil camas em Alojamento Local.

O presidente diz ser importante não confundir a desorganização em zonas turísticas, que é preciso corrigir, com o excesso de turismo. "Temos um bom turismo, que deve ser compatível com a qualidade de vida dos madeirenses. E diz, também, que "não podemos culpar o turismo pela subida de preços da habitação. Não vamos fechar hotéis nem impedir o mercado imobiliário de funcionar, não é assim que as coisas funcionam".

 
 
 

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