"Se é verdade, como alguns bem dizem, que era importante ter aprovado o Orçamento da Região em março passado, então muito mais decisivo é ter esse Orçamento aprovado quando já vamos a meio do ano".

O presidente da Assembleia Regional, líder do CDS parceiro parlamentar do PSD, deixou uma intervenção com alertas para a necessidade de haver um governo estável sublinhando que "neste momento, o que tem de estar na nossa agenda não é a formação do Governo ou quem o compõe, pois isso é matéria do poder executivo, já ultrapassada. O mais importante, agora, é discutirmos e chegarmos a acordo sobre as melhores políticas para vencermos os problemas regionais e continuarmos na senda do progresso e do desenvolvimento.
O que os madeirenses nos pedem e têm o direito de exigir é que sejamos capazes de ultrapassar as nossas diferenças e, sem
violar princípios e valores, encontrar pontos de convergência que permitam dar estabilidade e governabilidade às nossas ilhas".
José Manuel Rodrigues diz que "temos de respeitar quem não esteve disponível para o
diálogo, mas não posso deixar de o lamentar e de voltar a apelar à negociação e à concertação entre todos, porque todos
representamos o povo que nos elegeu.
Se é verdade, como alguns bem dizem, que era importante ter aprovado o Orçamento da Região em março passado, então muito mais decisivo é ter esse Orçamento aprovado quando já vamos a meio do ano, uma vez que a falta deste poderoso instrumento financeiro põe em causa o funcionamento da administração pública, o prosseguimento do investimento e das obras públicas, o aproveitamento dos fundos europeus, a redução dos impostos diretos e indiretos e os apoios sociais".
O líder do Parlamento afirma que "precisamos de baixar a crispação, de reduzir a tensão, de
diminuir a pressão que está instalada na política e nos agentes políticos regionais, e que se transmite à própria sociedade,
provocando clivagens e divisões, claramente negativas e muito desgastantes para a nossa comunidade.
Este Governo tem legitimidade e tem autoridade; tem a legitimidade dos resultados eleitorais concedidos pelo povo e tem
a autoridade que lhe foi conferida pela nomeação do Senhor Representante da República e pela posse que lhe foi dada por esta Assembleia, de quem depende politicamente".
José Manuel Rodrigues sublinha, ainda: "Se a teimosia vencer a responsabilidade; se o interesse particular se sobrepuser ao interesse regional; se a mesquinhez
prevalecer sobre o bom senso, isso quer dizer que teremos mais de um ano perdido na nossa vida coletiva. Significa que em 2024
não teremos Orçamento e representa irmos para as terceiras eleições regionais no espaço de 15 meses. Quem está disposto a pagar os custos deste impasse político? Quem está disponível para assumir o prolongamento desta crise política?"
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