"Começa hoje um novo ciclo político na Madeira que a todos convoca para novas posturas, novos comportamentos e,
sobretudo, nos obriga a uma grande humildade democrática".
O presidente da Assembleia Regional considerou hoje, na tomada de posição de um governo regional minoritário, o que acontece pela primeira vez na Madeira, que estamos perante "um Tempo Novo, mais um, que começa na Democracia regional e que, de todos nós, exige um elevado sentido de
responsabilidade. Começa hoje um novo ciclo político na Madeira que a todos convoca para novas posturas, novos comportamentos e,
sobretudo, nos obriga a uma grande humildade democrática".
José Manuel Rodrigues lembra que "muitos não acreditam que este Governo tenha uma grande duração e até já fazem apostas sobre o que vem a seguir. Outros lembram que há Governos de um só partido, com maioria
absoluta, que não conseguem levar o mandato até ao fim e que há Governos minoritários que cumprem a legislatura.
Uns e outros podem vir a ter razão, mas há uma coisa que eu sei: o sucesso da governação depende sobretudo de Vossas
Excelências e da capacidade que tiverem para mostrar que é nos momentos difíceis que se vê a força, a coragem e a natureza das
mulheres e homens que servem a res publica".
O detentor do principal órgão da Autonomia
diz que "se é verdade que a estabilidade política não é um valor absoluto, esta é com certeza uma base indispensável para que haja condições de governabilidade: governabilidade que gera confiança; confiança que gera investimento; investimento que gera emprego e riqueza.
Quem não perceber esta realidade, ou a ignorar, incorre num perigoso erro que os madeirenses não perdoarão. Não podemos ir de eleição em eleição, acrescentando problemas aos problemas já existentes".
O líder do Parlamento, hoje eleito pela terceira tentativa neste terceiro mandato, disse que "do Governo espera-se humildade, diálogo e capacidade negocial; às oposições exige-se, precisamente, a mesma forma de estar". Sublinha que "todos têm legitimidade democrática, derivada do voto popular, e
este Governo tem a autoridade que lhe advém da posse que hoje lhe é conferida e da interpretação constitucional que o Senhor
Representante da República fez dos resultados das eleições".
O líder do Parlamento considera que se inicia, também, um novo ciclo que agora se inicia impõe, também, uma nova fase no relacionamento com a República, para resolver questões como a da Revisão da Lei de Finanças das Regiões, a Criação de um
Sistema Fiscal Próprio, a Questão da Operacionalidade do Aeroporto, o Problema do Subsídio de Mobilidade no Transporte
Aéreo, a Revisão da Lei do Mar, Cumprimento do Princípio da Continuidade Territorial e uma Melhor e mais Justa Cobertura dos Custos de Insularidade".
Ridrigues deixou, também, uma preocupação: "Uma outra realidade que muito nos preocupa é o problema da habitação. Sabemos que a Região está a apostar na construção de
centenas de habitações a custos controlados, mas importa não esquecer a realidade de outras famílias, como as de menores
rendimentos, que só podem ter acesso a uma habitação social, e a situação de outras famílias, mais e menos jovens, que têm alguns
rendimentos, mas que não têm capacidade financeira para aceder à construção ou compra de habihabitação".
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