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Rodrigues "solto, livre" e com o CHEGA no horizonte pós eleitoral

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 13 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura


Fica a dúvida se este posicionamento do novo líder do CDS foi oportuno no fim de semana do Congresso atendendo a que uma parte do seu eleitorado provavelmente não vê com bons olhos este "piscar o olho" ao partido de André Ventura.




"Chego a este Congresso "completamente solto e completamente livre", como diz o hino da nossa Juventude". Foi assim que José Manuel Rodrigues "entrou" no congresso centrista que o vai consagrar como líder do CDS-PP Madeira. Dizendo ser "solto e livre".

Rodrigues já foi líder do partido em momentos anteriores e podemos dizer que é o candidato natural da fase pós Rui Barreto. Tudo isto no dia em que José Manuel Rodrigues fez declarações ao JM que só o tempo dirá se não se tratou de um "tiro no pé" ainda nem tinha o pé firme na liderança: admitiu a possibilidade de um entendimento com o CHEGA dependendo do sentido de voto a 26 de maio nas regionais antecipadas. Um pouco na linha de raciocínio de Miguel Albuquerque quando admite tudo conforme decisão do eleitorado. Rodrigues reconhece fragilidades na consistência do partido de André Ventura, mas não põe de lado um acordo de governo à direita uma vez que o CHEGA é partido aceite constitucionalmente.

Portanto, o que diz Rodrigues, pelo menos diz ao que vem, é que dependendo do resultado pode viabilizar um Governo do PSD, com o CDS e com o CHEGA. Fica a dúvida se este posicionamento do novo líder do CDS foi oportuno no fim de semana do Congresso atendendo a que uma parte do seu eleitorado provavelmente não vê com bons olhos este "piscar o olho" ao partido de André Ventura. Além de se desconhecer, ainda, quanto valerá efetivamente, agora, o CDS em termos eleitorais.

A verdade é que esta possibilidade de uma coligação, sendo quase certo que lá foi o tempo das maiorias absolutas, coloca o cenário político madeirense num contexto de uma governação com mais do que dois partidos. Primeiro foi suficiente um acordo com o CDS, depois foi preciso o PAN, e já é provável a entrada de um terceiro partido se o PSD quiser continuar a governar.

Mas no geral, existem outras questões pertinentes. Até que ponto o eleitorado vai confiar dimensão ao CDS e ao PAN, acusados de "bengala" do PSD? Até que ponto a votação do CHEGA é fixa, sobretudo depois de ter vindo a público admitir que a lista para as Regionais iria ter a confirmação de Lisboa, o que é discutível do ponto de vista autonómico. Até que ponto o CHEGA mantém os votos das Regionais de setembro de 2023 e das nacionais de 10 de março?

Estas e outras questões vão para reflexão futura e para confirmação, ou não, nas eleições de 26 de maio.

 
 
 

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