"Se for preciso o presidente do Nacional convocar as suas tropas, mesmo com intervenção política, vai fazê-lo".
A "guerra" estava aberta e agora subiu de tom. E o futebol tem feito mossa nos políticos. O presidente do Nacional já tinha apelado à mobilização das suas "tropas", leia-se adeptos e militantes, contra os apoios insuficientes do Governo ao futebol profissional e ao incumprimento de promessas, com o pavilhão, ainda por fazer, a constituir exemplo desse entendimento nacionalista de "divórcio" governamental face aos clubes que, em tempos, estiveram na linha da frente do financiamento regional. Rui Alves abriu hostilidades e chegou mesmo a dizer, no aniversário do clube, que os políticos que não cumprem "têm vida política curta", numa alusão a Miguel Albuquerque.
O presidente do Governo respondeu num tom mais calmo, mas com um argumento forte visando deitar por terra as exigências de Rui Alves. Quando Albuquerque fala que as prioridades da Região são outras, particularmente a Habitação e a Saúde, não haverá um madeirense, seja adepto ou não de futebol, que não concorde com essa ordem de prioridades, sobretudo com os clubes no escalão secundário fruto das opções das respetivas direções, ainda que estas possam escudar-se em parte nos apoios insuficientes.
Mas Rui Alves, na llRTP-M, voltou ainda mais demolidor no discurso: "O Nacional não vai ser o União, ouçam isto, não vai ser como o União, se for preciso o presidente do Nacional convocar as suas tropas, mesmo com intervenção política, vai fazê-lo. Se for preciso meter 6 mil no estádio para explicar as coisas certinhas, vamos ver. Estas instituições são instrumentos fundamentais para a Madeira.
Para Rui Alves, o Governo está a "empurrar os clubes para o colo dos privados retirando o enraizamento social que têm. Não quero saber se um presidente da Assembleia, do Governo ou da Câmara gostam ou não gostam de futebol. Um presidente está a representar o povo e o povo gosta".
Комментарии