Rui Alves diz que vai avançar um estudo, com o Marítimo, para avaliar os apoios. "Vai haver confronto e nesse confronto temos aqui o nosso exército. Vamos para a luta, não há gente como a gente".
Rui Barreto, secretário regional da Economia, foi uma das 60 personalidades galardoadas pelo grupo Os Alvi-negros com uma Menção Honrosa.
Fundado a 8 de dezembro de 1910, o Clube Desportivo Nacional fez 113 anos esta sexta-feira, 8 de dezembro, num momento em que o futebol sénior está na liderança da Liga2 e tem naturalmente aspirações de subida. Um momento de festa, com a família alvinegra reunida, com distinções distribuídas aos melhores da época com várias gerações, e um discurso forte do presidente Rui Alves aproveitando um momento em que o clube está em alta. Uma autêntica "declaração de guerra" ao Governo de Miguel Albuquerque envolvendo inclusive ameaças diretas para os políticos que não cumprem e que abandonam o desporto: "Têm a vida curta". Uma direta a Miguel Albuquerque pela promessa não cumprida, do seu Governo, relativamente ao pavilhão do Nacional.
O discurso teve uma entrada musical a condizer com o que aí vinha: "Quem é que haverá, quem é que não acha, que é o Nacional que põe a Madeira em marcha..."
Este começo a cantar prenunciava que Rui Alves tinha agradecimentos a fazer, tinha a intenção de relevar atletas, mas também tinha um "cheirinho" crítico ao Governo Regional, que ali estava representado por Juan Gonçalves, diretor dos serviços de apoio à atividade desportiva da DRD. Rapidamentese percebeu que "cherinho" era pouco, foi mesmo um "ataque" cerrado que, dito indiretamente, pode valer perda de votos a Albuquerque.
Rui Alves aproveitou o contexto da
homenagem ao ex-atleta olímpico Filipe Bezugo, ginasta de reconhecido mérito, a quem foi atribuído o nome do Ginásio Multiusos da Cidade Desportiva do Clube, para dizer que quatro anos depois da promessa feita pelo Governo Regional, "deveríamos estar a inaugurar, não o ginásio Filipe Besugo, mas o pavilhão Filipe Bezugo", aludindo assim a um objetivo falhado pelo Executivo Regional.
O presidente nacionalista fez uma espécie de aviso/alerta para o Governo de Miguel Albuquerque sobre o facto de os 80 mil nacionalistas não esquecerem estes incumprimento "e dirão, no preciso momento porque é que algumas coisas não acontecem, é exatamente por isto, não é isolado. Não perdoamos que quatro anos depois não tenha sido dado um passo para o cumprimento desta promessa. Os nacionalistas não esquecem".
Dirigindo-se ao representante do Governo, Rui Alves prosseguiu esta crítica: "Depois da Autonomia, há uma história do desporto da Madeira, foi uma referência nacional, não sei se é, tenho dúvidas porque tem sifo maltratado, passou a ser o "patinho feio" da política e neste momento podemos dizer que os clubes se sentem enganados. Fomos chamados para um desafio da Autonomia, como pilares dessa Autonomia, não aceitamos ser abandonados. Para terem uma ideia, neste momento o financiamento público ao futebol é metade do que era atribuído no início do século. Nem sabem porque é que é metade. E isso não vamos aceitar, não estamos aqui para sermos bonzinhos. Aqueles políticos que abandonam o desporto e não cumprem a palavra têm a vida curta, podem ter a certeza. Os sócios e adeptos do Nacional são o meu exército, vão ter que cumprir connosco".
Rui Alves diz que vai avançar um estudo, com o Marítimo, para avaliar os apoios. "Vai haver confronto e nesse confronto temos aqui o nosso exército. Vamos para a luta, não há gente como a gente".
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