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  • Foto do escritorHenrique Correia

Sérgio em "on" para explicar o "off"


É isto que Sérgio Marques vai dizer na comissão de inquérito?: "Depois das declarações oficiais, conversei com o jornalista informalmente sobre opiniões minhas que todos conhecem, que não são segredo, mas que se referem a momentos do passado, e que estão distantes da atualidade política regional".





No dia em que Sérgio Marques vai à Assembleia Regional dizer de sua justiça acerca das declarações que fez ao DN Lisboa sobre favorecimentos do Governo Regional a empresários à existência de obras "inventadas", ou seja desnecessárias para o povo mas muito boas para o universo do betão, o DN Lisboa retoma o tema dos milhõesi, das obras e da dívida, além das declarações de reportagem anterior, sem dados novos que acrescentem conteúdo ao conhecido. De qualquer modo, uma pesquisa que concentra uma realidade a poucas horas do antigo secretário regional e até há pouco tempo deputado na Assembleia da República falar no Parlamento no âmbito de uma comissão de inquérito muito fraca e onde os deputados foram pouco acutilantes, aguardando-se assim uma conclusão óbvia que fica tudo como era antes.

O DN Lisboa recupera as declarações de Sérgio Marques e Miguel Sousa, ambos ex-governantes de Jardim e de Albuquerque, que apontam obras a mais do que era necessário e muita influência dos grupos de pressão empresarial, alegadamente favorecidos. E Sérgio Marques, supostamente, sabe do que fala porque foi o secretário com a tutela das obras, sem ter feito grande"obra" como secretário. O betão ia para a gaveta, dizem, o que motivou reações de grupos influentes, que vieram dizer, na Comissão, que a subida a pulso faz inveja e ninguém fala no mérito, só nos ajustes diretos, que no caso foram dois ou três, talvez seis, provavelmente mais uma meia dúzia porque assim de repente é difícil contabilizar tudo curtinho.

O jornal nacional também pesquisou declarações de José Manuel Rodrigues, quando era líder do CDS e disse "cobras e lagartos" do PSD Madeira, das obras desnecessárias e da importância de acabar com este despesismo de 40 anos de governação. O então líder do CDS Madeira disse isso e muito mais, mas é preciso ver que estava na oposição e nem nos seus sonhos mais animadores pensou integrar um governo, muito menos ser presidente da Assembleia Régional. É diferente o discurso da oposição, que diz tudo e pede tudo, do que propriamente o discurso no governo, onde se diz o que se pode e faz o que se deixa. Mas lá que disse, disse, e é bom sempre reavivar memórias.

Mas o que interessa, agora, é saber o que vai dizer Sérgio Marques. "Fontes" do PSD-M andam num posicionamento do "nunca se sabe", até porque Sérgio já percebeu que a "carreira" de sacrificar outros chegou ao fim, agora é ele o "sacrificado" em nome do "bom nome" do líder e do partido.

No PSD-M, admite-se tudo. Mas há quem defenda que Sérgio vai manter a versão pós entrevista e que deu a conhecer no seu Facebook depois. Ou seja, um recuo "monunental". Vejamos o que na altura escreceu icantigo secretário:

"O DN Lisboa traz hoje a primeira parte de um trabalho sobre o sucesso dos 47 anos de poder do PSD na Madeira, antevendo as Regionais deste ano. É um trabalho longo, acerca do qual fui contactado há cerca de 2 meses para contribuir. Nessa altura referi a minha opinião , que é conhecida por todos na nossa Região, sobre uma era de grande prosperidade, até 2000, e uma fase de menor fulgor, desse ano até 2015.

Depois das declarações oficiais, conversei com o jornalista informalmente sobre opiniões minhas que todos conhecem, que não são segredo, mas que se referem a momentos do passado, e que estão distantes da atualidade política regional.

O passado do PSD -Madeira foi abordado de forma abundante durante a campanha das internas, altura onde fui porventura ainda mais duro, pois houve uma catarse sobre o assunto, mas onde seguimos focados em continuar o que sempre apelidei de "revolução tranquila".

Também disse o que tinha a dizer na altura da remodelação de 2017. Foi igualmente do conhecimento de todos e segui em frente, em paz, continuando o nosso projecto político a transformar a Madeira.

São temas onde sou coerente com as minhas opiniões, mas que fazem parte do passado. Surgiram na conversa, já na parte informal, em Off, pois seguiam o contexto das declarações em On. Uma parte informal que não foi, obviamente respeitada. Porque, como referi, estão longe de ter actualidade e pertinência.

Continuo coerente com as minhas convicções, mas em paz com o passado, sublinhando, como sempre, que o saldo destes 47 anos é fortemente positivo".

Numa outra publicação, já no decurso da comissão de inquérito m, Sérgio Marques respondia a uma acusação do empresário Luís Miguel Sousa dando conta de viagens falsas de Sérgio aquando da passagem pelo Parlamento, onde foi deputado durante vários anos. E enquanto colaborador do grupo Sousa, o ex-patrão não foi "meigo". O Sérgio respondeu:

"Foi com estupefacção que ouvi o Dr Luís Miguel Sousa referir que eu tinha tido problemas no Parlamento Europeu porque pedi o reembolso de viagens que não efectuei! Eu e o Dr LMS divergimos, desde sempre, em termos de opinião sobre vários assuntos. E tal é absolutamente normal.

Mas no que concerne a factos, estes ou são verdadeiros ou falsos.

E é ABSOLUTAMENTE FALSO que eu tenha pedido no Parlamento Europeu ou na Assembleia da Republica, ou no âmbito de qualquer outro cargo político que tenha desempenhado, o reembolso de viagens que não efectuei. O Dr LMS deve ter incorrido numa confusão qualquer! Desafio-o a comprovar essa acusação se não quer passar por mentiroso! Insto também a comunicação social, que divulgou as palavras do Dr. LMS sem me ter concedido o direito a contraditório, a que proceda a um fact check sobre estas declarações que atingem a minha honorabilidade e bom nome e que não podia por isso deixá-las passar sem que procedesse a este esclarecimento.

Sobre as minhas declarações que são objecto da Comissão de Inquérito pronunciar-me-ei oportunamente se não for ouvido por esta".

É hoje que será ouvido. Resta saber se na linha do que têm sido audições ou se traz alguma coisa nova.

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