"Estamos muito satisfeitos porque o PSD decidiu dar-nos uma mãozinha para seguirmos em frente. É um momento triste, grave mesmo, na saúde do CDS Madeira".
Francisco Gomes pediu mais critério nas nomeações do Governo para não dar a ideia que "qualquer bandido pode ser nomeado". Liliana Rodrigues criticou Rui Rio por excluir críticos das listas. E admitiu ter sido posta de parte no PS.
Antes de mais, é preciso esclarecer uma parte do título. O que se refere como "dedo do meio" é uma rubrica de um programa da TSF Madeira. É uma denominação como outra qualquer e sem segundo sentido. Se fosse o indicador era igual. Aqui, sentido mesmo foi o momento da declaração de Sara Madalena, que neste programa faz "equipa" com Francisco Gomes e Liliana Rodrigues.
A anterior vereadora do CDS na Câmara da Ponta do Sol, advogada e nada convencida com esta coligação regional do seu partido com o PSD, agora também coligação autárquica, que coartou a possibilidade do CDS manter um projeto próprio, uma identidade, não colocou um "travão" numa crítica contundente às lideranças nacional e regional.
Sara Madalena viu um "post" de Francisco dos Santos a falar do PSD, da decisão em ir sozinho, logo sem o CDS, nas próximas eleições legislativas nacionais de 30 de janeiro. Para que se entenda, foi esta a publicação do lider nacional: "O PSD decidiu estar mais próximo de António Costa do que de Sá Carneiro. Podendo escolher a Aliança Democrática, recusou-a. Respeito a estratégia e saúdo a clarificação. É uma oportunidade para o CDS afirmar a única alternativa de direita responsável, aberta a todos os portugueses que querem derrotar o PS. Que fique claro: um voto no CDS não servirá para formar um Bloco Central, nem para viabilizar nenhum arranjinho com a esquerda".
E aqui fica a reação de Sara Madalena: "Repugna-me que o líder do CDS comece um post a falar do PSD, quando o CDS é um partido fundador da democracia. Até parece que o Francisco Rodrigues dos Santos andava à gosma para ser uma bengala, se calhar uma cadeira de rodas, se calhar um monociclo da democracia".
Mas Sara Madalena reservou uma parte do programa, cujo figurino prevê uma declaração denominada "dedo do meio", o que não deixa de ter um significado para a observação que se segue: "A nível regional, pelo contrário, estamos muito satisfeitos porque o PSD decidiu dar-nos uma mãozinha para seguirmos em frente. É um momento triste, grave mesmo, na saúde do CDS Madeira".
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