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Foto do escritorHenrique Correia

Se fosse para respeitar o povo Rodrigues não era presidente da Assembleia



A declaração é de Paulo Cafôfo que considera o líder do Parlamento "uma das forças de bloqueio" à mudança na Madeira.





O discurso de José Manuel Rodrigues na sessão solene do Dia da Região foi de uma "falta de sentido de Estado", disse o líder socialista madeirense Paulo Cafôfo.

Referindo-se às declarações do presidente da Assembleia de que tem existido uma ausência de respeito pelos interesses e pela vontade do povo, Paulo Cafôfo disse que aquele vestiu a pele de líder partidário e não a de presidente do Parlamento.

“Se fosse para respeitar a vontade do povo, José Manuel Rodrigues nunca seria presidente da Assembleia Regional, porque o CDS teve 3,96% dos votos”, sentenciou o socialista, aditando que o agora líder centrista tem bloqueado a mudança na Região desde 2019. “José Manuel Rodrigues é um bloqueio, porque a única coisa que lhe interessa são as suas mordomias enquanto presidente da Assembleia”, criticou, acrescentando que aquele “faz de conta que é presidente da Região, numa quase magistratura monárquica que procura enganar os madeirenses, dizendo que está a zelar pelos interesses da Madeira, quando o único interesse é o seu e o seu umbigo”.

Em segundo lugar, o presidente do PS-M disse que a Madeira está bloqueada e presa a muitos interesses, os quais são visíveis com os casos judiciais que têm vindo a público. “Há uma verdadeira máfia que tem governado a Madeira, são esquemas atrás de esquemas”, reparou, esclarecendo que tal não tem a ver com os empresários, mas com os governantes do PSD, o único partido que tem gerido os destinos da Região.

A terceira força de bloqueio é o próprio Miguel Albuquerque, o qual, segundo afirmou Paulo Cafôfo, é, neste momento, “um empecilho” à estabilidade que a Região precisa. O líder socialista fez notar o facto de Albuquerque ser arguido por suspeitas de corrupção, mas, embora defendendo a presunção de inocência, deixou claro que “não são os votos que o ilibam de um processo judicial”. “O voto popular, por melhor que seja o resultado, não elimina, nem arquiva processos judiciais”, frisou. O presidente dos socialistas adiantou também que, mesmo que esta crise política passe, a instabilidade vai continuar, porque o processo judicial ainda está no início e recai sobre Miguel Albuquerque e a cúpula do PSD, e acusou o líder do Executivo de fugir aos esclarecimentos perante a Justiça. “Miguel Albuquerque não está neste momento a proteger o povo, mas, através do povo, procura proteger-se para ter imunidade enquanto conselheiro de Estado. A única razão pela qual se recandidatou foi para manter esta sua imunidade, para não responder à Justiça, como devia responder”, observou.

O Chega foi a quarta força de bloqueio denunciada pelo presidente dos socialistas. Cafôfo acusou aquele partido de ser “do não, do nim e do sim” e afirmou que, se fosse coerente, “nunca se teria sentado à mesa das negociações”, já que sempre afirmou que não viabilizaria um Governo liderado por Miguel Albuquerque.

Por fim, os socialistas voltaram a denunciar a “manipulação”, a “chantagem” e o discurso do medo a que o Executivo tem recorrido, dizendo que tudo vai parar se não houver Programa de Governo e orçamento aprovados. Paulo Cafôfo esclareceu que foi o próprio Miguel Albuquerque que retirou o orçamento em fevereiro e evidenciou que, desde que o Governo está em gestão e está em vigor o regime de duodécimos, tem feito mais despesas e arrecadado mias receita. Como deu conta, desde que o Governo está em gestão, foram publicadas no Jornal Oficial da Região 333 resoluções, incluindo subsídios a clubes, a associações, a instituições de cariz social, contratos-programa, eventos e adjudicação de obras. “Se alguma coisa parar, é só por responsabilidade do PSD”, disparou, reafirmando que “quem bloqueia a Madeira de forma propositada não pode ter a confiança do PS”.

 

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