"Nós estamos aqui para dar a cara e eu estou aqui, como sempre, para dar a cara”, disse Albuquerque.

“Não é através de golpes parlamentares nem partidários que o PSD/M alguma vez entregará o poder”, reafirma Albuquerque, apelando a que não se crie mais instabilidade na Região. Foi assim que Miguel Albuquerque começou a sua declaração depois de reunida a comissão política para abordar a moção de censura apresentada pelo CHEGA e que tem os votos garantidos do PS.
Miguel Albuquerque garantiu que não se demite. “Se pensam que eu vou sair para porem um líder provisório e para, depois, deitarem abaixo e conquistarem o poder, estão muito enganados, nós estamos aqui para dar a cara e eu estou aqui, como sempre, para dar a cara”, afirmou, reforçando a sua legitimidade: “fui eleito em setembro de 2023 e em maio de 2024, fui eleito também, nas eleições internas, em março, portanto não tenho razões para me demitir.
“Quem determina o Governo e, por conseguinte, o Presidente do Governo é o povo Madeirense, através de eleições democráticas e não é através de golpes parlamentares nem partidários que o PSD/M alguma vez entregará o poder”, reiterou Miguel Albuquerque, numa posição que foi sufragada, por unanimidade, na reunião da Comissão Política.
“Neste momento, o que esperamos e aquilo que fazemos é um apelo aos Partidos no sentido de assumirem a sua responsabilidade perante aquilo que são os interesses da Região, até porque é fundamental que não haja mais instabilidade política e que não haja impasses na governação, pois isso prejudica sobretudo a nossa população”, disse, apelo esse que também será dirigido à sociedade civil, esclarecendo “o ónus e, sobretudo, os prejuízos que uma situação de instabilidade traduz para todos nós, para o desenvolvimento, para a economia, para a empregabilidade e para os compromissos que temos com a Função Pública”.
O presidente do PSD/Madeira considerou a Moção de Censura a cargo do Chega, responsável direta pelo eventual cenário de instabilidade que se espera na Região, como sendo “estranha, inoportuna e irresponsável”, além de eventualmente imposta pela liderança nacional deste Partido, “sobretudo numa altura em que o Governo Regional estava a governar em pleno, com crescimento económico como nunca tivemos, com plena empregabilidade, com os compromissos assumidos em execução, designadamente os que constam do PRR e no quadro do orçamento que iria ser aprovado”.
E é igualmente estranha, acrescentou, porque estava em curso a aprovação do Orçamento para o próximo ano, depois de terem sido auscultados os Partidos da oposição, inclusive o mentor desta Moção, “que até disse que concordava e que o Orçamento era positivo”. Além de ser finalmente estranho o facto da mesma vir a ser, ao que tudo aponta, aprovada pelo PS/M, quando nela este Partido “é apelidado de incompetente e, inclusive, mais atacado que o próprio PSD/Madeira”, refere uma publicação nas plataformas digitais do PSD.
Quanto aos membros do Governo, reiterou neles a sua confiança, negou que alguém tenha manifestado qualquer vontade de sair e deixou claro que os processos em curso não fragilizam o seu Governo, sendo esses processos apenas expedientes para os incendiários tomarem conta do poder.
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