CHEGA não quer Albuquerque e Cafôfo e Élvio não querem o CHEGA. Sem o CHEGA e sem a IL, que recusa coligações, não há contas possíveis para a estabilidade governativa. Ganha peso o governo minoritário. De Albuquerque.

A conferência de imprensa do PS e do JPP anunciando um acordo para uma solução de Governo para a Região, e a revelação que não viabilizam qualquer executivo do PSD, deixam Miguel Albuquerque sem margem de negociação visando a formação de um Executivo de maioria absoluta, uma vez que o CHEGA já disse não ao PSD e a Albuquerque e os restantes partidos, o CDS, IL e PAN não perfazem, com o PSD, os 24 deputados necessários para a estabilidade. Além de que a IL só admite entendimentos caso a caso.
Albuquerque fica, assim, com um único caminho a seguir que é a formação de um Governo minoritário com ponto fulcral no Parlamento.
Não fora o facto de Paulo Cafôfo excluir o CHEGA, e obviamente além do PSD, e esta solução PS/JPP poderia ter "pés para andar", sobretudo se houvesse acolhimento, por parte dos outros partidos, do apelo feito por Élvio Sousa no sentido de uma solução de Governo, não com convergências ideológicas, mas sim por um objetivo "maior" de colocar um ponto final na hegemonia do PSD. Mas tirando o PSD e o CHEGA, seria necessário incluir CDS/IL/PAN na equação. E tanto o CDS como a IL já disseram não. Se assim for, não há solução nem de um lado nem do outro.
Esta terça-feira, o Representante da República recebe os partidos e até pode acontecer que haja uma segunda ronda. Mas se não houver solução de 24 deputados, que parece meta inatingível para qualquer dos lados candidatos a soluções de Governo, o Representante manda formar Governo a quem venceu as eleições. Depois, passa ao entendimento parlamentar.
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