Mesmo com o PS em crise, o eleitorado penaliza socialistas mas não demonstra confiança clara de alternativa no PSD de Luís Montenegro.
Uma sondagem da Intercampus levada a efeito depois da demissão do primeiro-ministro António Costa, "coloca o PSD à frente do PS, mas ambos descem face ao inquérito de Outubro da mesma empresa sobre a intenção de votos dos portugueses, e mais ainda em comparação com as legislativas de 2022". A sondagem foi publicada esta sexta-feira no Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV.
Esta sondagem, em cima do acontecimento, traz um indicador previsível até para o PSD, cujo poder caiu-lhe nos braços com esta crise no PS. É que Luís Montenegro precisa, além de aproveitar a crise no PS, demonstrar a sua própria capacidade e o seu próprio carisma. Para o PSD ganhar "de caras", não pode haver dúvidas sobre o estofo do líder, caso contrário acontece o que diz a sondagem: o PS é penalizado, mas essa penalização não faz transferir imediatamente os votos para o PSD. E por isso, a direita só poderá ter futuro de governação com o Chega, com base nesta sondagem. Faltam quatro meses para as eleições e o PS ainda vai eleger um líder e Montenegro pode vir a melhorar.
"O Chega, o Bloco e o Livre aumentariam a sua representação se o país fosse a eleições agora. Sem acordos com o Chega, a direita não consegue a maioria", publica o JN.
O barómetro dá o PSD com 21,8% dos votos, acima do PS, que baixa para 17,9%. "É uma
diferença considerável face à sondagem de Outubro da mesma empresa, que atribuía
ao PS 25,2%, mas sobretudo significativa em relação ao resultado das eleições
legislativas de 2022, em que os socialistas conseguiram a maioria absoluta, com
41,37% dos votos".
Segundo a mesma sondagem, o terceiro partido que "mais perde neste barómetro é a Iniciativa Liberal, que aparece em quinto lugar
O Chega passa de 11,7% para 13%, o que representa um aumento face aos resultados de 2022, em que 7,18 % dos votos deu ao Chega 12 deputados.
O Bloco de Esquerda também teria ganhos com 7,9% — uma subida de 1,2
pontos percentuais em relação a Outubro e de 3,5 pontos percentuais comparando com
as últimas eleições.
O Livre ultrapassa o PAN, chegando aos 2,7%. O partido de Inês Sousa Real desce de 3,2% para 2,3%.
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