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Sondagens colocam Albuquerque "nas nuvens" e pressão está a aumentar

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 30 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Albuquerque garantiu que chamaria a si a organização das iniciativas se não houvesse capacidade de organização como deve ser, o que desde logo colocaria na "linha de fogo" o secretário-geral José Prada.


Sala de capacidade insuficiente para que todos ficassem sentados no Conselho Regional irritou Albuquerque.


Miguel Albuquerque não é de feitio fácil. Nunca foi e internamente, a nível partidário, do PSD-M, essa caraterística já é gerida com naturalidade, como de resto acontece no Governo com a "entourage" mais próxima e como de resto já acontecia antes quando liderava a Câmara do Funchal. A fronteira entre a pressão e a forma de tratamento das situações ultrapassa, por vezes, algumas "linhas vermelhas". Tanto num lado como no outro.

Acontece que as últimas sondagens vindas a público, visando as eleições legislativas regionais de 2023, tiveram já um efeito imediato no líder, que ficou claramente empolgado pelas previsões que garantem uma eleição confortável, de maioria absoluta, e sobretudo, garantem, aquela consulta que dá maioria destacada do PSD sem o CDS, situação que coloca Albuquerque ao nível dos resultados de Jardim.

O recente episódio relacionou-se com a organização do Conselho Regional, trazido a público pelo JM, relatando que Albuquerque ficou irritado com o facto da organização ter preparado uma sala cuja lotação foi claramente inferior ao número de pessoas presentes, obrigando muitas delas a ficarem de pé. E essa reação foi de tal ordem que o próprio Albuquerque garantiu que chamaria a si a organização das iniciativas se não houvesse capacidade de organização como deve ser, o que desde logo colocaria na "linha de fogo" o secretário-geral José Prada, que conhece muito bem as reações do líder e inclusive já terá assumido autonomia em muitos aspetos organizativos precisamente para evitar males maiores ao nível dos atritos que daí pudessem resultar.

Mas várias fontes garantem que esta posição do líder tem a ver com os resultados das sondagens. Albuquerque quer um partido focado em 2023, desde já, sem falhas, como esta que deixou pessoas desconfortáveis num momento em que é preciso satisfazer ao máximo para potenciar a maioria ainda mais absoluta, se bem que outras fontes tenham garantido haveria um consenso para a realização do conselho regional na Calheta, desconhecendo-se se o presidente do conselho regional, o antigo vice de Jardim, Cunha e Silva, teve algum peso nessa decisão.

O certo é que, internamente, há alguma preocupação pela forma como o líder reagiu a estes indicadores que o colocam num caminho de deslumbramento. Sente que 2023 pode ser o ano das suas eleições de glória pessoal. É importante demonstrar que é capaz de ganhar à vontade, como Jardim durante anos, sem precisar de coligações (embora coligado) e levando o "partido às costas". Um momento muito dele. E para isso, tem feito pressão, que promete aumentar nos próximos tempos e ao longo de 2023.

Já se sabe, quem falhar, leva...


 
 
 

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