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Um candidato forte para levar o resto "às costas"

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


A diferença de protagonismo e relevância política na lista da Coligação, entre o líder e os restantes candidatos, é abismal.




Pedro Coelho é um candidato forte para a lista do PSD-Madeira às eleições nacionais antecipadas. Ou melhor, a lista é da coligação mas é como se fosse do PSD, uma vez que os dados conhecidos neste momento, e são do PSD, dão conta de 2 eleitos e na melhor das hipóteses, seria uma vitória, mantém os três deputados. Como os primeiros quatro são do PSD, estamos conversados no propósito deste acordo, muito mais para preservar a estabilidade da governação regional do que propriamente para que o CDS possa meter alguém no Parlamento Nacional via Madeira.

Mas atendendo à renovação generalizada, com uma recuperação à mistura, Paulo Neves, é mesmo Pedro Coelho a levar o resto "às costas", um ativo importante do PSD Madeira que à sua conta tem eleições robustas sucessivas em Câmara de Lobos, como poucos poderão dizer internamente. Pedro Coelho vale votos, os outros não e alguns até podem tirar votos ao partido que o critério de escolhas de "amizade estratégica" poderão não disfarçar.

O cabeça-de-lista, que não é "falso" porque certamente vai ocupar o lugar na Assembleia da República, deixando o resto do mandato em Câmara de Lobos para o seu número dois Leonel Silva, vai levar os outros "às costas", como diz o povo. A diferença de protagonismo e relevância política na lista da Coligação, entre o líder e os restantes candidatos, é abismal, sendo natural que numa renovação existam elementos sem experiência que naturalmente vão fazer o seu percurso. Estranha-se apenas que o único jovem da lista anterior, que substituiu Sérgio Marques, sendo um ativo da JSD-M e já conhecido do eleitorado, não tenha merecido a escolha de Miguel Albuquerque, desconhecendo-se a posição da JSD-M, cujo líder deu "uma no cravo, outra na ferradura" quando elogia e desresponsabiliza-se pela saída de Dinis Ramos, mas por outro lado diz que a escolha de Carla Spínola foi da "Jota". Alguém não quis a continuidade do único deputado que se enquadraria na estratégia de renovação. São opções.

Voltando a Pedro Coelho, não é de acreditar que num desafio destes faça o mesmo que fez ao ser candidato à Assembleia Regional para ter lugar garantido em 2025, altura em o limite de mandatos impede a sua recandidatura autárquica. Aqui não ocupou o lugar, mas agora é diferente, a sua presença será determinante, a sua ausência seria muito má para si, para naturais ambições futuras, e para PSD que ficaria com um grupo de deputados que ainda precisa de algumas provas, mesmo o que tem presença anterior, no caso Paulo Neves.

Estas eleições nacionais serão difíceis para o PS, mas também para o PSD de Luís Montenegro e para o PSD Madeira. A previsibilidade de maioria relativa e os dados do estudo conhecido que dá 2 deputados ao PSD-M/CDS, 2 ao PS, 1 ao Chega e 1 ao JPP, levam a um apelo redobrado no PSD-M, não sendo por acaso que no comunicado social democrata exista uma passagem reveladora de preocupação: "Atendendo a que o ano de 2024 será marcado, no seu primeiro semestre, por dois atos eleitorais – primeiro as Eleições Legislativas Nacionais antecipadas a 10 de março e, depois, a 9 de junho, as Eleições Europeias – obrigando a que o Partido concentre as suas atenções e mobilize todas as suas Estruturas e Militantes para as vitórias que pretende alcançar neste novo ciclo político que ora se inicia, o Conselho Regional manifestou-se, igualmente, a favor de que o Congresso Regional do PSD/Madeira decorra apenas depois do verão, evitando-se quaisquer desvios ao foco que o Partido".


 
 

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