O presidente da Assembleia entregou Prémio Emanuel Rodrigues a Paulo Miguel Fagundes de Freitas Rodrigues: "Grande coincidência, esta questão onomástica, ou, no dizer de outros, uma questão patronímica".
Coincidência, curiosidade, nada mais do que isso, mas pormenor merecedor de referência por parte do presidente da Assembleia Regional, José Manuel Rodrigues, quando hoje entregou o Prémio Emanuel Rodrigues a Paulo Miguel Fagundes de Freitas Rodrigues.
"Grande coincidência, esta questão onomástica, ou, no dizer de outros, uma
questão patronímica: ou seja, um Rodrigues entrega a um Rodrigues um Prémio com o nome de um outro Rodrigues.
Apenas uma curiosidade, num justo reconhecimento do trabalho de
investigação e divulgação que o professor tem vindo a desenvolver sobre a identidade regional, uma área pouco estudada e pouco abordada, mas que é o substrato, a base da nossa Autonomia.
Por isso, e pese embora não tenha qualquer competência na indicação dos candidatos e na decisão da escolha, felicito o júri, na pessoa do seu presidente, o professor Pedro Telhado, por esta opção de premiar o mérito e o empenho do professor Paulo Rodrigues na densificação do conceito de Madeirensidade".
O presidente do Parlamento diz que "não foi por acaso que a Constituição da República preceituou, há 47 anos, que o regime político-administrativo próprio dos arquipélagos portugueses “…fundamenta-se nas suas características geográficas, económicas, sociais e culturais e nas aspirações autonomistas das populações insulares”.
600 anos. Há muitos países que não têm, nem de perto nem de longe, esta longevidade e esta História tão rica, com uma forte identidade cultural, que nos honra e deve orgulhar, pois, aqui, soubemos construir Portugal no Atlântico e levar as quinas e o cristianismo a grande parte do globo.
Esta é a Madeirensidade que nos orgulha e que o professor Paulo Rodrigues tem procurado engrandecer, através do estudo e do conhecimento".
O distinguido é Doutor em História Contemporânea, Professor Universitário e Investigador, e entre outras atividades, é autor de artigos e também de livros no âmbito da História Política e Institucional, com particular incidência sobre a realidade madeirense dos séculos XIX e XX, alguns dos quais premiados.
O Prémio, recorde-se, distingue cidadãos que a título individual ou coletivo realizem trabalhos que valorizem e relevem a importância da Autonomia e da identidade
regional e toma por base as propostas apresentadas por entidades, regulamentarmente determinadas, que
englobam o Governo Regional, a Universidade da Madeira, a Associação de Municípios da Região Autónoma da
Madeira, a Associação de Promoção da Madeira, a Delegação Regional da Madeira da Sociedade Portuguesa de Autores e a Direção Regional da Madeira do Sindicato
dos Jornalistas.
A seleção coube a um júri, constituído, na edição deste ano, por Pedro Telhado Pereira, Maria Madalena Caetano Sacramento Nunes e Jorge Moreira de Sousa.
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