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Ventura queria "censurar" Albuquerque mas Miguel Castro não deixa

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 28 de out. de 2024
  • 2 min de leitura


Divergências no CHEGA com os deputados na Região a considerarem que uma moção de censura prejudicava o CHEGA e a Madeira.



O líder nacional do CHEGA deu indicações aos deputados da Madeira para que apresentassem uma moção de censura ao Governo Regional de Miguel Albuquerque, mas a liderança regional, de Miguel Castro, não deixou. Um momento de grande tensão, que confirma a nota dominante do CHEGA Madeira, que por um lado tem um discurso de grande crítica ao Governo e diz que o crédito ao PSD está a acabar, mas por outro tem viabilizado todas as iniciativas governamentais.

Segundo revela a TVI, o CHEGA Madeira reuniu a comissão política e tanto os deputados como restantes presentes consideraram inoportuna uma moção de censura neste momento, dizem que iria prejudicar os madeirenses. Dizem que a queda do Governo "iria prejudicar o progresso do CHEGA na Região" e defendem que "a presunção de inocência de Miguel Albuquerque", no âmbito de um processo judicial em curso mas sobre o qual ainda não foi ouvido, "deve ser respeitada".

"Censurar o Governo prejudicaria a Madeira e além disso ia resultar num foco desnecessário de instabilidade", refere o texto da reunião a que a TVI/CNN teve acesso.

Esta posição do CHEGA Madeira é interpretada, por muitos sectores políticos, como um receio de eleições, numa parte importante da estratégia, consciência na perda de votos, mas por outro para "alimentar" esta posição dúbia de criticar sem censurar, de ser oposição ajudando o Govermo, de não querer nada e quer tudo, com Miguel Castro no centro desta duplicidade política que tem sido o "modus operandi" do partido, também na Região.

Na verdade, temos assistido a episódios deveras incongruentes por parte do CHEGA, que assenta o discurso parlamentar numa acentuada crítica face ao Governo. O tempo do Governo está a esgotar, as políticas do Governo ficam aquém das expectativas, têm sido a base das últimas declarações de Miguel Castro no Parlamento, um posicionamento que pretende manter na retórica político partidária, mas que não pretende passar a uma situação de consequência efetiva, ou seja do discurso coincidir com a atitude, preferindo optar por uma postura de viabilização das políticas governamentais que crítica, alegando que isso representa responsabilidade e defesa da Madeira. Há quem entenda outra coisa.

Não é a primeira vez que há desentendimentos entre o líder André Ventura e a estrutura regional, sendo que o voto no Programa e Orçamento para 2024 foi um dos pontos de alguma fricção, mantendo-se aquela tónica de criticar para viabilizar.


 
 
 

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