Presidente do Governo e do PSD-M não sai do registo, ainda que certamente possa ser apenas aparente: 'calmo e confiante".

O presidente do Governo Regional mantém a calma e a confiança nos níveis, aparentemente, mais elevados. Fala pausadamente, não se irrita por nada, por muito incomodado que fique, na medida do limite até ao qual os jornalistas podem chegar. Albuquerque vem optando por esta postura e será certa assim o seu registo até as eleições. Para fora, vitimiza-se com o processo judicial e com uma abertura face aos críticos. Para dentro, confia nos órgãos para dar cobertura legal como se fechasse uma porta que diz estar aberta.
Esta tarde, à margem de uma visita à Escola Básica do 1° Ciclo com Pré-escolar do Ribeiro da Alforra, em Câmara de Lobos, para ver as obras de beneficiação, Miguel Albuquerque reafirmou que passado um ano e na condição de arguido, ainda não foi ouvido no âmbito do processo de investigação relacionada com eventuais favorecimentos em contexto de procedimentos da ação governativa. O presidente está convicto que esse processo, envolvendo também secretários regionais do seu governo, que apesar disso continuaram em funções, não terá influência na votação das próximas eleições regionais. Acredita que os eleitores já perceberam o objetivo das denúncias anónimas e saberão decidir.
"Fico agradecido pela simpatia e atenção de todos e satisfeito por continuarmos a investir nas nossas escolas, reforçando as condições e as infraestruturas educativas da nossa Região". Com esta declaração, Albuquerque acredita que as obras, as visitas às empresas e deslocações a todo o lado, serão suficientes para manter níveis de votação suficientes para o PSD vencer. E quanto às listas, não fala neste momento, nem responde quando os jornalistas põem a hipótese de Pedro Calado, que ao contrário de Albuquerque deixou o cargo de presidente da Câmara do Funchal estando a ser investigado, integrar as listas do PSD para a Assembleia Regional. Um processo que tem data limite de entrega: 10 de fevereiro.
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