top of page
Buscar
  • Foto do escritorHenrique Correia

Albuquerque para o CHEGA: sim é sim...



Intervenção do líder não resistiu à tentação de falar em "lideranças moles", em "ressabiamentos", em "reservas mentais". Pouco apelo à união.




Miguel Albuquerque foi ao Congresso deixar duas notas de referência que podem ser decisivas para o futuro do PSD-Madeira: um discurso que não foi apelo à unidade e um "aconchego" ao CHEGA para a eventualidade de ser preciso um acordo resultante do resultado das eleições a 26 de maio. Como disse Rubina Berardo, o PSD Madeira não pode querer o poder pelo poder. Mas parece, segundo o lider.

A intervenção do líder não conseguiu esconder os resquícios, ainda, das internas e do confronto com Manuel António Correia, que estava na sala mas que não pode intervir, o que também não fica bem para a vigência de Albuquerque, que poderia ter convidado o candidato derrotado, que representou quase metade votantes internos, para uma intervenção.

Miguel Albuquerque sentiu dificuldades para ser superior às divergências internas, um momento único na vida do PSD Madeira, que por ser único, criou no líder uma intervenção que não resistiu à tentação de falar em "lideranças moles", em "ressabiamentos", em "reservas mentais", e só depois a dizer que o processo eleitoral tinha acabado, que o caminho era para a frente. Uma intervenção que comprova a existência de divergências internas, de críticos da liderança, o que foi expresso nas intervenções de Bruno Melim, Rubina Berardo, ao congresso, e de Sara Madruga da Costa, na RTP Madeira.

Mas Albuquerque lançou outro dado polémico interno: abertura ao CHEGA. De forma clara. O que Albuquerque disse, no fundo, foi que o CHEGA é bom pelos votos que tem, porque podem garantir a governação, mas tirando a pena de morte, as posições sobre racismo, sobre imigração, sobre falta de segurança, posições que são contrárias ao que pensa ao PSD-M, pode incluir um processo de negociação de futuro Governo. Sem linhas vermelhas. No fundo, o CHEGA é bom parceiro tirando o que o CHEGA pensa.

Esta disponibilidade de Albuquerque veio trazer a debate um realidade que é passada como mensagem para o eleitorado visando as eleições de 26 de maio: ao contrário do líder nacional Luís Montenegro, que disse "não, é não ao CHEGA", Albuquerque disse hoje, para memória futura: sim, é sim ao CHEGA.


20 visualizações
bottom of page