Alunos da Francisco Franco fazem petição para haver só os exames prioritários
- Henrique Correia
- 2 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
Petição enviada ao presidente da Assembleia da República com sensibilização ao Governo liderada por alunos do Secundário e a professora de Filosofia.

Alunos do Secundário da Escola Francisco Franco, bem como a professora de Filosofia, enviaram uma petição ao presidente da Assembleia da República onde consideram
que "os estudantes devem realizar apenas os exames de acesso ao curso e não quatro obrigatórios. Sendo que existem disciplinas e exames que são prioritários para o futuro dos alunos no ensino superior, os educandos devem ter a possibilidade de se dedicar afincadamente ao estudo desses exames, sem ter a preocupação de ter de realizar provas adicionais".
Os signatários desta petição pedem a Santos Silva e ao Governo que se dignem a "repensar a proposta a implementar em 2024 e tenham em consideração os argumentos aqui expostos. Priorizar a saúde e a pessoa deve fazer parte das finalidades de um estado".
A realização dos quatro exames, dois no 11º ano e dois no 12º ano, "envolve muito trabalho, disponibilidade e empenho. Isto, no final de dois anos letivos intensos, exigentes e desafiantes. Ora, esta grande pressão sobre os estudantes pode provocar certos problemas mentais tais como a ansiedade e depressão. Não é descabido realçar que as estatísticas mostram que a ansiedade e a depressão têm vindo a aumentar consideravelmente entre os alunos do secundário e da universidade. Acrescenta-se que estes problemas mentais diminuem a produtividade dos estudantes".
Outro aspeto a salientar, refere a carta, "é que no sistema português os exames controlam o sistema educativo e minimizam o trabalho realizado durante três anos nas escolas secundárias. Ora, a solução não passa por dispensar os exames, mas sim realizar apenas os adequados às metas curriculares do curso que os educandos pretendem seguir".
A petição refere a questão do exame de Português: "Percebemos o valor da nossa língua materna, mas consideramos que doze anos a frequentar a disciplina de Português garante uma aprendizagem satisfatória da língua. E se esse satisfatório não é suficiente, não consideramos que o exame de Português contribua para melhorar as competências dos alunos nessa matéria. Essa melhoria passa por rever as Aprendizagens Essenciais, o programa dessa disciplina, fazendo alterações relevantes que garantam melhores aprendizagens. Ou seja, apelamos para que o exame de Português só seja obrigatório para os alunos que vão frequentar cursos direcionados para a língua mãe".
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