Os Bananicultores são donos do seu produto e dele devem dispor livremente sem penalizações.
A Associação Cartilha Madeirense veio criticar os anunciados aumentos, por parte da Gesba, a empresa que gere o setor da babana, relativamente aos bananicultores:
"Esses anunciados valores nada representam como melhoramento do rendimento dos Bananicultores. Esses “aumentos” não são mais do que uma mera correção em função da pressão inflacionária dos mercados".
Um comunicado refere que "a GESBA está a vender a banana mais cara. Ajustou-se à tendência inflacionária, nada mais! Assim aproveita para aumentar o valor-kilo dilatando substancialmente o seu benefício líquido. Entretanto os mercados consumidores continuam a suportar todos estes sobrecustos do sector primário.
O produtor de banana da Madeira não vê ajustado o valor de venda na proporção correta se considerarmos os atuais custos e sobrecustos de exploração".
A Associação acrescenta que "para a GESBA tudo isto não passa de uma tática de aproveitamento para tentar maximizar os seus proveitos próprios à conta do Baninicultor. Tudo fica igual ou pior.
O desplante de aumentar o valor do pagamento da entrega direta nos seus armazéns pelo produtor da banana é insultuoso. Tal não pode ser interpretado de outra forma, se não como um ardil perverso dos administradores da GESBA
Os custos com viaturas, combustível, manutenção e mão de obra revertem para o produtor em troca de uns vergonhosos centavos de aumento".
No mesmo documento, a Associação Cartilha Madeirense aponta que "os Bananicultores são donos do seu produto e dele devem dispor livremente sem penalizações.
A Comunidade Europeia não disponibiliza apoios para o governo regional obrigar o produtor a entregar a banana ao monopólio da GESBA.
Esses “dinheiros” disponibilizados pela Comunidade Europeia correspondem a cada kilo de banana produzida e não por cada kilo de banana entregue à monopolista GESBA da Banana.
Que se saiba, esta é uma distorção das regras do mercado única em toda a Comunidade Europeia".