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  • Foto do escritorHenrique Correia

Calado explica "hipérbole" da tropa na rua: "Não costumo dizer coisas a brincar..."


Presidente da Câmara não quer deixar cair o seu ponto de vista, chamem-lhe "hipérbole", o tal exagero que Albuquerque considerou, ou outra coisa qualquer.



A defesa que Pedro Calado fez do patrulhamento do Funchal por parte do Exército e da GNR como forma de compensar a insuficiência de meios da PSP enquanto única força responsável pelo policiamento urbano, provocou uma reação de surpresa, numa primeira análise, depois melhor clarificada no entendimento que era necessário alterar leis, e depois ainda melhor esclarecer uma nova abordagem que vem "traduzir" o que o presidente da Câmara pretende, sem hipérboles como sugeriu Miguel Albuquerque para explicar a alusão do seu vice de partido, ex-seu vice de Governo, sobre a tropa nas ruas.

Está claro que Calado defende o recurso de militares e da GNR sabendo que muita legislação e adaptação deve ser reequacionada para esse efeito, como já se disse de forma exaustiva. É verdade que Calado insistiu, ainda hoje, na explicação sobre as razões que o levaram a propor os militares na rua, comparando ao tempo em que a Polícia do Exército andava pelas ruas, apeada ou de viatura militar, sem que no entanto tivesse o objetivo de patrulhamento mas tão somente desempenhar funções que visavam eventuais incumprimentos dos militares, ao tempo do serviço militar obrigatório, ou na defesa de instalações militares, nunca envolvendo intervenção civil. Outros tempos, não comparáveis na forma e no conteúdo, mesmo tendo em conta que a simples presença dessa polícia poderia ser preventiva porque eventualmente resultava numa colaboração para possíveis incidentes envolvendo civis, na respetiva comunicação à PSP.

Calado não quer deixar cair o seu ponto de vista, chamem-lhe "hipérbole", o tal exagero que Albuquerque considerou, ou outra coisa qualquer. Aos jornalistas, depois de apresentar o Orçamento Municipal, disse: Penso que fui muito claro naquilo que eu disse e eu não costumo dizer coisas a brincar...Quando em tempos referi o exército, referi, naturalmente, um exército desarmado, aquilo que nós já vimos há muitos anos atrás na cidade do Funchal, quando havia o patrulhamento das ruas do Funchal pela polícia do exército que complementava muito o trabalho que era feito pela PSP", lê-se no JM.

O presidente da Câmara, que diz já ter colocado o problema ao ministro da Administração Interna, multiplica-se para tentar justificar o recurso à tropa, que para o efeito teria de ocorrer uma mudança constitucional ou em situação de emergência, o que não é o caso. Fica a melhor opção, a GNR, que no continente tem poderes de patrulhamento fora dos grandes centros urbanos e que, na Madeira, poderia efetivamente apoiar a PSP com a correspondente adaptação Legislativa. Esta seria, sem dúvida, uma opção mais realista, até porque a alternativa de militares desarmados, é uma impossibilidade a não ser que se trate de uma colaboração no âmbito da Proteção Civil, o que não é a situação em análise, a insegurança do Funchal, que Calado também diz ser segura mas a precisar de mais polícia.




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