"O erro histórico foi não fazer um clube novo, o Clube de Futebol da Madeira. Sem dinheiro, os clubes regionais ficariam sem capacidade de continuar competição nacional".
O antigo vice presidente de governos de Alberto João Jardim, foi também vice da Assembleia e presidente da Assembleia Geral do Nacional, Miguel de Sousa, veio a público, no seu habitual artigo no Diário, fazer algumas considerações sobre o atual momento do futebol profissional, o desbaratar de dinheiros públicos, o não fazer contas e a falta de estratégia própria do "novo riquismo". Sem dinheiro, porque o governo fechou a torneira, Rui Alves deve estar de saída, antecipa Miguel de Sousa, fazendo alusão aos objetivos do seu clube, que passaram de permanência à subida com a contratação de 13 jogadores.
Miguel de Sousa considera um erro o clube único defendido por Alberto João Jardim, com o nome do Marítimo, as cores do União e o emblema do Nacional. Era "uma aberração". Diz que "o erro histórico foi não fazer um clube novo, o Clube de Futebol da Madeira sem dinheiro, os clubes regionais ficariam sem capacidade de continuar competição nacional. Hoje, seríamos, claramente, o quarto maior clube português. Arrepia-me Jardim ter erradamente avaliado a realidadede então, mesmo com os clubes dirigidos por fortes personalidades do PSD: Nélio Mendonça, Rui Fontes e Jaime Ramos. Um erro para a História. É melhor um do que nenhum clube madeirense no topo do futebol nacional.
Do que "reza" a história, Miguel de Sousa parece cometer um pequeno lapso de memória, o facto da liderança do Nacional, à época dos factos, já estar a ser liderado por Rui Alves. Outro "lapso" de lembrança, dizem outras fontes do clube, é o facto de Miguel de Sousa criticar estratégias do seu clube e do Governo quando ele próprio fazia parte de órgãos de clube e de Governo.
Escreve ainda Miguel de Sousa que "o erro assassino foi gastar dinheiro em estádios, puras fantasias de quem não põe dinheiro seu. Em vez de investirem em equipas que fossem rentabilizaveis".