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  • Foto do escritorHenrique Correia

Comissária da PSP dá "raspanete" à organização da Volta em Bicicleta e faz alerta



Autoridade diz que há questões de segurança que deveriam ter sido acauteladas: "Quem tem o dever de olhar para estas situações com responsabilidade, verifica que não deveria ser assim".




A comissária da PSP Angelina Ribeiro surpreendeu tudo e todos na conferência de apresentação da Volta à Madeira em Bicicleta. Tem uma preocupação de segurança e teve o mérito de não deixar nada por dizer, o que historicamente, na Madeira, foge um pouco à regra policial do "políticamente correto", os chamados "panos quentes" que empurram os problemas com a "barriga".

A comissária falou claro e com isso dignificou a instituição que representa, além de transmitir a importância de refletir na organização de eventos com outro olhar.

Angelina Ribeiro lançou para debate a forma como está enquadrada esta Volta à Madeira em Bicicleta, que vai para a estrada entre 20 e 23 de julho, sobretudo por ser realizada em circuito aberto e por via disso criar alguns problemas operacionais de segurança.

A voz da autoridade policial fez-se ouvir durante a conferência de imprensa de apresentação da prova, onde estava presente toda a organização da Associação de Ciclismo da Madeira e onde também se encontrava o representante do Governo, o diretor regional do Desporto, David Gomes. E todos ouviram este ponto de ordem da polícia para eventuais problemas que o figurino de circuito aberto poderá trazer às entidades responsáveis pelo normal funcionamento da segurança da prova e da segurança da circulação automóvel no geral.

A comissária garante que "a Polícia está preparada e tem experiência suficiente para que este evento decorra bem, e vai decorrer seguramente", mas avança com a necessidade de "uma reflexão objetiva sobre a realização deste tipo de eventos na ilha. Tenho alguma dificuldade em entender que se consiga fazer um percurso em que uma saída numa artéria no Porto Moniz entronca com uma circulação que se vai verificar no último dia numa Via Expresso. Quem tem o dever de olhar para estas situações com responsabilidade, verifica que não deveria ser assim. Vai correr bem, mas tudo isto traz questões, no dia, que podem pôr em causa aquilo que a organização se esforça para realizar".

A comissária, que não disse pouco, não se ficou por aqui, fez o que se chama de "trabalho de casa", o reconhecimento do percurso no dia 5 de julho. E constatou algumas situações que preocupam a polícia. E deixa nova observação: "Podem dizer que se fosse em circuito fechado o evento não se realiza. Até pode não se realizar nestes termos, mas o que eu acho é que estamos a aceitar algumas questões que no próprio dia poderemos não conseguir operacionalizar. Este é o discurso mais honesto sobre a segurança da Volta à Madeira, que é o que ne pedem para resolver. A prova é difícil do ponto de vista competitivo, mas também o é ao nível da segurança. O dispositivo policial está definido mas vai exigir muito de nós".

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