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Foto do escritorHenrique Correia

Como poupar não é nos Bancos o Governo "ajudou" com redução de certificados



Presidente da República "tocou na ferida" ao afirmar que "a banca prefere que seja travada uma alternativa quando ela aparece do que aumentar o valor pago aos clientes com os depósitos a prazo".



O secretário de Estado das Finanças diz que houve pressão zero dos Bancos relativamente à decisão do Governo de suspender a série de certificados de aforro que tinham uma taxa de 3,5% e retomar um mesmo produto, a partir de segunda-feira, 5 de junho, mas com taxa de 2,5%. A procura foi muita e entre janeiro e abril, as subscrições líquidas acumularam quase 11 mil milhões de euros.

Mas apesar da pressão zero, até dá margem aos Bancos, que não concedendo taxas minimamente atractivas na poupança, viram uma parte do mercado fugir para outros produtos fora dos Bancos. E em vez de serem as instituições a irem ao encontro de quem quer poupar, é o Governo a reduzir essa atratividade. Como se os Bancos não pudessem assumir uma responsabilidade maior a este nível.

E é de tal modo que o próprio Presidente da República veio dizer precisamente que os Bancos devem fazer um "esforçozinho" para darem taxas mais altas aos depósitos e não esperarem que sejam reduzidos os produtos alternativos. E de facto, é isto: os portugueses não depositam nos Bancos porque os Bancos preferem taxas altas só para os empréstimos, mais comissões em cima de comissões.

Marcelo diz que "a procura dos certificados de aforro, acontece porque os portugueses acham que o que a banca está a pagar é pouco”.

"Considerando que o stock atual de Certificados de Aforro é de 30,3 mil milhões de euros, significa que mais de um terço deste montante foi subscrito em apenas quatro meses", referiu a CNN Portugal.

Um despacho do ministro das Finanças estabeleceu que "considerando que o impacto de tal circunstância até ao mês de março, aliada à previsão de manutenção do paradigma, resultará em subscrições de certificados de aforro consideravelmente superiores às previstas no início do presente ano, justifica-se proceder a uma alteração do limite anteriormente aprovado para a emissão deste instrumento".

Fernando Medina determina no mesmo despacho:


O limite de (euro) 25 000 000 000,00 relativo à emissão de obrigações do Tesouro, estatuído no n.º 2 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 1-A/2023, de 3 de janeiro, é reduzido para (euro) 19 500 000 000,00.

2 - O limite de (euro) 12 500 000 000,00 relativo à emissão de dívida pública fundada sob a forma de bilhetes do Tesouro, estatuído no n.º 3 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 1-A/2023, de 3 de janeiro, é reduzido para (euro) 8 500 000 000,00.


3 - O limite de (euro) 7 000 000 000,00 relativo à emissão de certificados de aforro e de certificados do Tesouro, estatuído no n.º 4 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 1-A/2023, de 3 de janeiro, é aumentado para (euro) 16 500 000 000,00.


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