Candidato do PSD/CDS está convencido que o primeiro-ministro e secretário-geral do PS "vem à Madeira anunciar milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a CMF".
O primeiro-ministro António Costa vem à Madeira na segunda-feira na qualidade de secretário-geral do PS. O objetivo é participar numa ação de campanha, um jantar comício. Mas ainda não chegou e já está a oivir das boas por parte de Pedro Calado, que já foi vice presidente do Governo até há pouco tempo e que é, neste momento, o candidato da coligação PSD/CDS à Câmara do Funchal. Estamos a dois dias da chegada de Costa e Calado aproveitou para arrasar um e outro, o primeiro-ministro ministro e o secretário geral socialista.
O cabeça-de-lista à Câmara Municipal do Funchal pela coligação PSD/CDS denunciou as “falsas” promessas, as “vergonhas” e as “aldrabices” que o primeiro-ministro tem feito à Madeira. Uma postura socialista que entende estar presente também na actual gestão camarária.
A deslocação de Costa é avaliada por Pedro Calado: “Vem dar uma ajudinha ao Miguel Silva Gouveia porque ele sozinho não consegue chegar lá”, ironiza o candidato do ‘Funchal Sempre à Frente’ que alerta o eleitorado para não se deixar enganar com mais mentiras. Pedro Calado está convicto que António Costa vem à Madeira anunciar milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a CMF, refere uma nota do gabinete de comunicação da candidatura.
“Estes senhores deviam ter vergonha e eu segunda-feira prometo publicamente denunciar as vergonhas e aldrabices que fizeram com a Madeira quando lançaram o PRR. Não tiveram a sensatez de convidar o Governo Regional para juntar o seu contributo e as necessidades dos madeirenses ao documento. Soubemos pela comunicação social que o PRR estava em aprovação pública e fizemos um programa para incluir uma série de projectos da região”, referiu.
Pedro Calado lamenta que os dois Ministros das Finanças do Governo da República não tenham tido a disponibilidade para atender o telefone, nem receber nenhum elemento do Governo Regional. “Ele tinha essa obrigação”, vincou.
Segundo a mesma informação "Pedro Calado apontou ainda para outros promessas falhadas, como seja a entrada em vigor do programa de subsidio de mobilidade para as Regiões Autónomas. O diploma foi aprovado pela Assembleia da República, mas a portaria ainda está na gaveta há 3 anos para ser assinada pelos Ministros da Administração Interna e das Finanças".
A questão do ferry de ligação entre o continente e a Madeira, o financiamento da obra do novo hospital e o pagamento elevado das taxas de juro do Programa de Ajustamento Económico da Região, foram outros compromissos assumidos pelo Governo da Republica que acabaram em “trafulhices”, criticou.