Dinarte o "enfant terrible" farto de "turismo de pé rapado"
- Henrique Correia

- há 19 horas
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Presidente da Câmara fala de "ganância pelo turismo", por este turismo que vê em Santana e que "apetece cada vez menos ver". Além disso, faz um caderno de encargos para José Manuel Rodrigues levar ao Governo.

Dinarte Fernandes tomou posse para novo mandato na presidência da Câmara Municipal de Santana e mesmo com o casaco vestido "tirou o casaco", como diz o povo, para fazer uma intervenção com partes verdadeiramente surpreendentes, primeiro com um "caderno de encargos" para o secretário da Economia levar ao Governo, o que ganha contornos de maior peso sendo o governante líder do CDS e assim "encostado à parede" por um eleito do seu partido visando pressionar o parceiro PSD para o que falta fazer em Santana. Depois, criticando "este turismo" e o que considerou a "ganância" correspondente ao estado do sector, hoje. Com responsabilidade óbvia para o Governo.
Dinarte falou do turismo com enfado, está farto deste "turismo de pé rapado", uma expressão, como se sabe, ligada a um turismo que enche sem consumir e dá uma massificação que, para Dinarte é muita, mas para o Governo que o seu partido, o CDS, apoia, ainda não é grave como deixa transparecer Dinarte. Neste particular, um outro polo por comparação com o que pensa o secretário do Turismo, Eduardo Jesus e o próprio Albuquerque, presidente do Governo.
O presidente da Câmara diz que "apetece cada vez menos ver este turismo pé rapado que tenho visto por aí nos espaços do concelho". Dinarte não colocou reservas para este "retrato", que contraria o cenário de desvalorização da política regional aoa efeitos negativos das enchentes nos pontos turísticos e no boom do turismo na Madeira nos últimos anos. Disse, mais claro é impossível, que Santana está preocupada com "este turismo" de quantidade e não de qualidade. Com José Manuel Rodrigues a representar o Governo e a "encaixar" este rol de "recados" do Poder Local.
Mas o "enfant terrible" de Santana não se ficou por aqui. Dirigiu-se a José Manuel Rodrigues e pediu-lhe para influenciar o Governo para as questões dos estacionamentos, Ribeiro Frio, Achada do Teixeira, Queimadas, conclusão da via expresso para São Vicente, canalização das Ribeiras do Faial, ao abandono neste momento (nada contra o campo de golfe, mas tudo contra expropriações, se é para criar especulação e riqueza, então que se comece pelos proprietários, que não podem ser pagos pelo código das expropriações) construção do nó do Cortado, o Miradouro do Pico da Boneca, a Etar a montante do calhau de São Jorge, potenciar espaços do Governo, cuidar do Ambiente, não podemos ostentar galardões e depois não tratar da conservação do ambiente em favor de uma ganância pelo turismo





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