Henrique Correia
Droga sintética apreendida provoca graves danos aos consumidores; é de refletir
A operação da PJ, em colaboração com a PSP, que faz cinco detenções entre homens e mulheres, alerta para uma atenção redobrada, das autoridades e dos pais, no fundo de toda a sociedade, para este nosso "cantinho do Céu" que é a Madeira.

Foto DR.
A apreensão de drogas sintéticas na Madeira, levada a efeito pela PJ em colaboração com a PSP, com a detenção de cinco pessoas, homens e mulheres, veio comprovar que é muito importante uma atenção redobrada, das autoridades e dos pais, no fundo de toda a sociedade, para este nosso "cantinho do Céu", que afinal está exposto a todos os problemas das grandes cidades europeias, naturalmente à dimensão da Região.
O responsável da PJ na Madeira revelou que a droga apreendida, a A-PHP, é poderosa e provoca ".graves danos nos consumidores".
Atendendo ao nível de organização do grupo, a quem as entidades policiais apreenderam diverso material, carros e dinheiro fruto da atividade ilegal, é de crer que a ação fosse alargada, intensa e permanente, o que certamente fará refletir sobre o que estamos a passar relativamente ao consumo de drogas, das chamadas novas drogas, sendo importante que a autoridade judicial assuma uma posição firme perante uma atividade que destrói vidas todos os dias.
Recorde-se que, a este propósito, antes desta operação da PJ/PSP, a Assembleia Regional promoveu uma conferência “A Política Portuguesa nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências – uma abordagem de Saúde Pública” com João Goulão, diretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) e Coordenador Nacional para os Problemas das Drogas, das Toxicodependências e do Uso Nocivo do Álcool.
O presidente do Parlamento diz ser “uma evidência que a pandemia potenciou os consumos de estupefacientes e a verdade é que, na Madeira, por razões que estão por apurar, na sua plenitude, o consumo destas novas drogas cresceu, grandemente, seja como droga de substituição seja como primeira droga, experimentada por novos consumidores.”
José Manuel Rodrigues tem defendido a importância da implementação de medidas capazes de fazer face a esta problemática, tendo, inclusive, desafiado o Governo da República a proceder à atualização da tabela de substâncias ilícitas, que está em anexo ao Decreto-Lei 15/93 de 22 de janeiro, para que as polícias, o Ministério Público e a própria Justiça possam atuar em relação ao tráfico de estupefacientes.