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Ireneu preocupado no 10 de junho: desigualdades sociais

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

"O desenvolvimento da nossa terra não chegou para que alguns dos nossos concidadãos atinjam as condições de vida condignas que todos merecem".




O Representante da República para a Madeira aproveitou a cerimónia de condecorações do Dia de Portugal para abordar algumas das questões pertinentes da atualidade política, desde logo sendo também o dia das Comunidades Portuguesas, um alerta para a importância de uma solução relativamente ao voto dos emigrantes nas eleições regionais. Por contraponto, a imigração, falou da desigualdade social na Madeira e do flagelo da violência doméstica.

Ireneu Barreto falou da emigração questionando-se: "Ainda não chegou o tempo de esses emigrantes, mormente aqueles que têm interesses na Região e aqui pagam os seus impostos, contribuírem com o seu voto na eleição para a nossa Assembleia Legislativa?".

E da imigração: "Uma história de quase nove séculos que mistura celtas, visigodos, lusitanos, fenícios, romanos, árabes, judeus, africanos e eslavos, que resultaram naquilo que é hoje a nossa identidade, devemos ter medo do Outro, por muito diferente que nos pareça?

Digo-vos claramente que não.

O maior medo que devemos ter é o medo da ignorância, da mentira, do preconceito, da xenofobia, que são alimentados pelo populismo, que corrói a democracia tão duramente conquistada.

E se não queremos que o inverno demográfico se abata rapidamente sobre nós, não podemos dispensar os cidadãos imigrantes, hoje e no futuro, para que a nossa comunidade funcione e as nossas necessidades essenciais possam ter resposta.

Portanto, sejamos hospitaleiros e solidários, como sempre fomos como povo".

Sobre a Região, o Representante mostrou-se preocupado com o que considerou "a persistência de algumas desigualdades sociais", ainda que neste particular tenha sido suave com eventuais responsabilidades governativas:

"A Autonomia possibilitou, em passo acelerado, o acesso da generalidade dos cidadãos à satisfação das suas necessidades básicas, a cuidados de saúde modernos, a uma habitação condigna, a uma educação inclusiva e a uma oferta cultural ampla, numa sociedade muito menos desigual e injusta.

Ainda assim, o desenvolvimento da nossa terra não chegou para que alguns dos nossos concidadãos atinjam as condições de vida condignas que todos merecem, e que o crescimento económico deveria permitir. Mas recuso-me a aceitar o retrato negativo, baseado em critérios muito discutíveis, que tentam traçar para a nossa Região.

Prefiro antes reconhecer os esforços do Governo Regional, das autarquias locais e das IPSS para a correção dessas carências – ao nível dos rendimentos de trabalho, do direito à habitação, do acesso aos bens essenciais – desejando que sejam bem sucedidos".

Para Ireneu Barreto "outra questão que devemos melhorar, e muito, é a constrangedora estatística que coloca esta Região Autónoma, ano após ano, no topo das estatísticas do crime de violência doméstica, de que resultam danos físicos e psicológicos em tantas mulheres, quantas vezes fatais ou indeléveis.

Numa sociedade ordeira e pacífica como a nossa, a persistência desta anormalidade deve ser intolerável para todos".

Neste dia 10 de junho, foram condecorados pelo Presidente da República, sob proposta do Representante, três individualidades e duas instituições, que se destacaram pelos seus feitos e contributos para uma sociedade melhor:


- a Dra. Maria Martins Góis Ferreira;

- o Professor Raimundo Quintal;

- o Engenheiro Paulo Rocha da Silva;

- o Externato da Apresentação de Maria;

- a Escola Secundária de Francisco Franco.




 
 
 

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