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Foto do escritorHenrique Correia

Jorge Carvalho pode assegurar o "novo" Governo




A saída de Albuquerque do PSD Madeira pressupõe que, estatutariamente, a liderança transitória seja assegurada pelo presidente da Mesa do Congresso e presidente do Conselho Regional João Cunha e Silva, que foi vice de Jardim.




É o governante mais antigo, tem uma pasta (Educação) em que resolveu temas difíceis, está fora das suspeitas que recaíram em alguns membro do Executivo de Albuquerque, tem a coordenação política e na orgânica de Governo substitui o presidente. São argumentos de peso que levam Jorge Carvalho a ganhar vantagem para ser o próximo presidente do Governo substituindo Miguel Albuquerque, que está demissionário mas não demitido, o que só poderá acontecer com a publicação de um decreto. Numa leitura de opção alternativa, seria também Jorge Carvalho a substituir Albuquerque numa hipotética situação de impedimento deste.

O Conselho Regional do PSD reúne-se hoje para definir estratégias e pode já avançar com o nome a levar ao Representante, mas se se confirmar a indicação de Jorge Carvalho significa que se tratará de uma solução transitória, até porque além da questão governamental do momento, será preciso pensar o futuro em articulação com a missão difícil de "arrumar" o partido, que aguarda a saida de Miguel Albuquerque para poder iniciar um processo de novo líder, de novas caras e de novo rumo, sendo tradição que o líder será também o candidato a presidente do Governo futuramente.

A saída de Albuquerque do PSD Madeira é compensada, estatutariamente, pelo presidente da Mesa do Congresso e presidente do Conselho Regional João Cunha e Silva, que foi vice de Jardim e internamente tem muitos anticorpos que não potenciam a eventual disponibilidade para liderar. Seja como for, será ele a assegurar a liderança do PSD-M com a saída de Albuquerque, que deverá acontecer, formalmente, e breve, tal como por certo acontecerá a saída da Mesa do Congresso nacional.

Nos últimos dias, a Quinta Vigia tem sido centro de abordagem estratégica do PSD, havendo algumas fontes da Rua dos Netos que lamentam o facto de, num contexto em que há "holofotes" ligados à Madeira e ao líder do PSD, este "não tenha aprendido nada" com comportamentos de confundir a governação com o PSD e o PSD com a governação. Entendem que as questões do partido devem ser no partido e não na Quinta Vigia.

Outra ideia bem vincada nos sectores do maior partido do Governo, o PSD, é a de que os secretários com pastas mais complexas no âmbito das investigações por suspeitas de corrupção, não devem fazer parte do novo governo, mesmo que seja de transição, uma vez que o entendimento vai no sentido de rapidamente dar uma ideia de mudança, de confiança e de uma "reconciliação" com o eleitorado entretanto perdido nesta fase em que o Governo caiu em descrédito.

Os próximos dias serão decisivos para o futuro da Madeira. Mas para assentar a "poeira" será preciso muita mudança e muito engenho.

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