Lina Pereira (JPP) defende que nas avaliações deve entrar “o impacto do custo de vida na economia das famílias e não apenas os rendimentos quando se aborda uma temática tão complexa como a pobreza”.
A deputada do JPP Lina Pereira reagiu à apresentação do estudo de caracterização da pobreza que decorreu ontem, no Colégio dos Jesuítas, no Funchal realçando a importância de considerar “o impacto do custo de vida na economia das famílias e não apenas os rendimentos quando se aborda uma temática tão complexa como a pobreza”.
“São mais de 15% os trabalhadores da Região que vivem em risco de pobreza, número superior ao que se verifica no Continente, mesmo quando a média dos rendimentos na Madeira é superior”, destacou.
O custo de vida, assunto que tem sido abordado pelo JPP há anos com diversas propostas de apoio às famílias e às empresas, “tem de entrar nesta equação, de forma inequívoca”, frisou.
“Falamos, por exemplo, da redução da carga fiscal com aplicação do diferencial fiscal a que temos direito, de forma progressiva ou, a simples regulação do preço do gás num valor muito mais acessível a todas as famílias”, referiu.
Dos 16 mil pedidos para habitação social que temos na Região, 62% são de trabalhadores que recebem o salário mínimo regional, realidade extremamente preocupante”, reforçou. “Não esqueçamos que os próprios ordenados intermédios estão a desaparecer e o número de trabalhadores que recebe um ordenado próximo do salário mínimo regional está a aumentar, incrementando, obviamente, as vulnerabilidades destas famílias”.
Para a deputada, “os indicadores tornam-se ainda mais preocupantes quando estas dificuldades são transversais aos jovens e à própria classe média mostrando a urgência do Governo Regional da Madeira em criar mecanismos eficazes para o aumento da competitividade e consequente redução do custo de vida das nossas famílias e empresas”.
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