"É um paradoxo, por um lado, estar a expulsar pessoas de funções públicas por me terem apoiado e a seguir poderem convidar-me a fazer parte de listas lideradas por pessoas que tomaram essas decisões".
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"No ano em que se comemora os 50 anos do 25 de abril de 74, considero que isto é inaceitável".
Manuel António Correia, o candidato derrotado mas com o apoio de meio partido nas internas do PSD Madeira, está indignado com a exoneração de membros do gabinete da secretária regional da Agricultura e Ambiente só porque o apoiaram na disputa interna.
Em declarações à RTP-M, o social democrata diz que censura publicamente e de forma veemente esta circunstância, "uma vez que as pessoas são afastadas não por terem falhado no seu desempenho, mas por terem tido uma opinião no local próprio e de forma própria, relativamente às eleições internas. No ano em que se comemora os 50 anos do 25 de abril de 74, considero que isto é inaceitável em qualquer circunstância".
Sobre as declarações de Rafaela Fernandes, a governante que exonerou três membros do seu gabinete, um deles António Trindade apoiante de Manuel António Correia, mas que diz nada ter a ver a sua decisão com o apoio ao candidato, Manuel António diz que "eu também posso chamar cão ao gato mas ele mia sempre".
Manuel António não sabe, ainda, se vai ao Congresso do partido a 20 e 21 de abril, mas uma coisa é certa: não vai integrar qualquer lista e não aceita lugares eventualmente propostos por Miguel Albuquerque. E explica porquê: é um paradoxo, por um lado, estar a expulsar pessoas de funções públicas por me terem apoiado e a seguir poderem convidar-me a fazer parte de listas lideradas por pessoas que tomaram essas decisões. Se as pessoas não servem porque me apoiaram, eu também não sirvo porque o maior apoiante de mim próprio serei eu próprio".
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