Bernardo Dias vem de um clube polaco.
No último jogo realizado (sábado, 5-2 frente à B SAD), a equipa de Sub 23 do Marítimo teve no 'banco de suplentes' um guarda-redes chamado Bernardo Dias. Foi uma estreia e uma aparição inesperada por que não anunciada.
Bernardo junta-se a Miguel Silva, Paulo Victor, Pedro Teixeira, Vítor Eudes e Bruno Pereira como guarda-redes seniores verde-rubros mas, ao contrário destes, tem a particularidade de não poder atuar nem na equipa principal nem na equipa B. Isto por apenas estar inscrito na FPF, não se estendendo o seu contrato à Liga de Clubes - ao contrário do júnior Pedro Gomes.
Outra particularidade deste Bernardo é que tem na sua folha a época 2020/2021 completamente em branco. Quer dizer, não fez qualquer parida oficial na última temporada. Tal e qual acontece com outro guarda-redes acima referido, o Bruno Pereira, também contratado esta época.
A que se deve esta situação? Pode argumentar-se que é para 'fazer número' - o que não se afigura correto - e que são elementos baratos. Aqui, e como em tantas outras coisas, o barato (poderá) sai(r) caro.
Atente-se na carreira de Bernardo: Marítimo Rosarense (Setúbal), Pinhalnovense, Barreirense, Olímpico do Montijo (13 jogos como júnior) e Pogon Prudnik. Sendo este um clube polaco, onde Bernardo esteve na época 2020/2021 embora não jogando, logo implica uma transferência internacional. Quer dizer, assim à cabeça, sem mais nada, um dispêndio de 2025 euros pela transferência pois é proveniente de um clube estrangeiro. Um valor irrisório no 'mundo do futebol'... Mas por um atleta que não tem qualquer currículo e esteve um ano sem jogar?!
Esta tendência atual do Marítimo em contratar guarda-redes - 2 em 5 - que vêm de uma época sem efetuar qualquer jogo deve ter uma qualquer explicação... Que escapa, claro, ao comum dos mortais.