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  • Foto do escritorHenrique Correia

Miguel Sousa "arrasa" Jardim, Rodrigues e Albuquerque



O artigo do antigo vice de Jardim, Miguel Sousa, e atual apoiante acérrimo de Albuquerque, é arrasador para os dois. Por razões diferentes, um pelo passado, outro pelo presente do acordo com o CDS. E quanto a José Manuel Rodrigues também "leva" e pela "medida grande".



O antigo vice presidente do Governo Regional e da Assembleia Regional Miguel Sousa escreve hoje um artigo, no Diário, onde tem um discurso arrasador para vários lados, apanha Jardim pelo que diz ser "ódio" a Albuquerque, apanha José Manuel Rodrigues por ter "feito chantagem" no acordo com o PSD, apanha também por este lado Miguel Albuquerque, embora não o diga diretamente, mas está claro que para haver um "chantagista", como refere Miguel Sousa, é preciso haver alguém a entrar no "jogo" e ceder à "chantagem". Ou seja, Miguel Albuquerque, nem é o PSD propriamente dito em termos de órgãos, uma vez que a comissão política aprovou um acordo de "boca", levado por Albuquerque, o escrito veio depois.

Sobre Jardim, critica a posição deste a propósito do renovado PSD, fala na dívida que deixou difícil de pagar, as prepotências de querer "matar" a oposição, de o proibir de escrever no DN por haver o JM. O que Miguel Sousa não diz é porque razão durou tanto tempo ao lado de Jardim, com cargos de responsabilidade, sem vir a público denunciar tamanhas "atitudes" do então líder do seu partido, de quem foi vice e mereceu várias manifestações de confiança.

Mas não adiantando muito sobre o assunto, que tinha "pano para mangas", Miguel Sousa passa a uma declaração demolidora sobre José Manuel Rodrigues em função do acordo PSD/CDS, questionando a utilidade do mesmo por manter uma aliança minoritária. Crítica que obviamente atinge Miguel Albuquerque, a quem Miguel Sousa dá apoio há algum tempo.

O acorfo, diz, "não acrescenta qualquer estabilidade política. Ao contrário, José Manuel Rodrigues tem os favores do seu amigo Ireneu Barreto, Representante da República, e o apoio de Alberto João Jardim, a quem deu prémio de cinco mil euros, e renega a eleição de companheiros de partido.

Mas Miguel Sousa expõe um desejo pessoal de averiguação, que pode parecer visando apenas o CDS e José Manuel Rodrigues, mas não, chega alguma coisa a Albuquerque e ao PSD: "Um dia procurarei perceber porque se dá tanto a quem retribui com nada. Medo que vá com o PS? Nem um elogio alguma vez fez ao governo PSD/CDS ou ao seu presidente. E o que dizer da agressividade eleitoral posta pelo CDS na campanha? É possível digerir tanta maledicência e tão grandes elefantes? Em nome do PSD? Com o meu voto não contaria. Não há disciplina partidária que suporte tanta infidelidade? Há limites. A política tem de ter um exercício nobre. Desconheço os termos de qualquer acordo entre o PSD e CDS. Que eu saiba, a única exigência é o lugar de presidente da Assembleia. O resto é para nos fazer de tontos. Afinal, acabamos a coligação, dão-nos menos um deputado e o PSD aceita todo o Programa eleitoral do CDS. Grande negociação. Se tivermos que aceitar iguais exigências para termos os necessários 24 (faltam 3) deputados vai ser...cómico. Verdade é que é um desprestígio para qualquer parlamento, incluindo o da Madeira, quando o voto dos deputados é condicionado por chantagem pessoal inadmissível. E isto recai sobre todos os deputados que aprovarem essa fraude política".

Miguel Sousa continua referindo que "lá ficou o histórico João Cunha e Silva preterido por um sem votos. Aliás, o terceiro pendurado depois de Tranquada Gomes e José Luís Nunes".

Para o antigo vice de Jardim "o CDS é um sem abrigo porque não tem sede e serve-se do gabinete da Assembleia, e um sem votos porque não os tem. Seria caricatura democrática ter em Lisboa o CDS com o PSD no Governo e ambos em oposição na Madeira. Onde está a proporcionalidade? O ridículo da "aldeia". Engana-me que eu gosto".



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